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josias gomesJosias Gomes

Quero dar o testemunho de quem conviveu com a atual senadora Kátia Abreu, ao tempo em que ela exercia a função de deputada federal, e, juntos, participávamos da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

Tem muito de rebate exagerado no que a mídia divulga sobre as reações de petistas à indicação da senadora Kátia Abreu para futura ministra da Agricultura do segundo governo da presidenta Dilma Rousseff.
Apesar do exagero, é conveniente reconhecer a existência, sim, de divergências decorrentes de posições firmes, de um lado e do outro, na defesa de pontos de vista econômicos, e, até, políticos, durante a história mais recente da política nacional.
Nada, porém, que a própria história, ora em diante, não consiga fazer superar a partir de uma visão de complementaridade entre a agricultura que se pratica em larga escala e a agricultura familiar. Ambas, da maior importância para a agricultura brasileira.
Fundamental que se reconheça o papel desempenhado pelos governos Lula e Dilma no fortalecimento da agricultura brasileira como um todo. Uma agricultura que se impõe de forma irresistível no cenário econômico mundial.
Assim, considero absolutamente acertada a decisão da presidenta Dilma Rousseff em convocar a senadora Kátia Abreu para o Ministério da Agricultura, decisão tomada pela presidente com os olhos voltados para um presente e um futuro de unidade total da agricultura brasileira.
Em segundo lugar, porque a provável futura ministra da Agricultura é filiada a um partido da maior importância na aliança estabelecida pelo PT no governo, que é o PMDB. O mesmo PMDB do vice-presidente reeleito, Michel Temer.
Volto a destacar, pelo bem da verdade: nunca a agricultura brasileira como um todo foi tão beneficiada no Brasil quanto aconteceu desde 2003, quando o ex-presidente Lula assumiu e nomeou para ministro da Agricultura o empresário Roberto Rodrigues.
Desde aquela data que o Ministério da Agricultura bem representa os negócios da agropecuária em escala de alta produção, enquanto o Ministério do Desenvolvimento Agrário passou a representar – bem, e sem contestação – a agricultura familiar.
Nessa medida, Kátia Abreu deve assumir a Agricultura para dar continuidade a uma política que elevou a agricultura nacional a padrões internacionais de produtividade, com o reconhecimento do mundo inteiro.
O PT está firme no propósito de ajudar a presidenta Dilma na continuidade do seu excelente governo, apesar de reconhecer a existência de questionamentos localizados, e legítimos, mas possíveis de serem superados.

Afinal de contas, a presidente faz uma escolha em consonância com a realidade conjuntural e a necessidade de quebrar a falsa imagem de uma intransigência, especialmente na agricultura, que não deveria existir.
Enfim, quero dar o testemunho de quem conviveu com a atual senadora Kátia Abreu, ao tempo em que ela exercia a função de deputada federal, e, juntos, participávamos da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.
Kátia Abreu é, sim, firme nos seus posicionamentos e na defesa dos postulados em que acredita. Porém, altamente sensível ao entendimento em busca de soluções que sejam capazes de superar os entraves deixados pelos enfrentamentos mais acirrados.
O esforço geral em favor da agricultura brasileira é o que conta.
Josias Gomes é deputado federal (PT-BA).

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