Tempo de leitura: 2 minutosMarco Wense
Mudanças significativas no cenário político de Itabuna só a partir de março de 2016, salvo algum fato que possa provocar um alvoroço no processo sucessório.
Até lá, tudo como dantes no quartel de Abrantes. A dúvida sobre o candidato do governismo e da oposição vai continuar. O óbvio ululante é que o aval do governador Rui Costa (PT) e do prefeito ACM Neto (DEM) é fundamental.
O “jeitinho brasileiro”, alterando os prazos de filiação, deixou tudo em banho-maria. O vergonhoso casuísmo, tão comum em republiquetas, desmoraliza os partidos e joga o instituto da fidelidade partidária na lata do lixo.
Com algumas honrosas exceções, partido político e nada é a mesma coisa. Funciona como instrumento indispensável para o enriquecimento ilícito, facilitando o recebimento de propina pelos larápios do dinheiro público.
Pelo lado oposicionista, uma possível inelegibilidade dos ex-prefeitos Fernando Gomes e do Capitão Azevedo deixa o tucano Augusto Castro como única opção para a disputa do Centro Administrativo Firmino Alves.
Na situação, o bafafá tende a ficar mais intenso, com PT versus PCdoB e PSD versus PCdoB. Ou seja, entre Geraldo Simões, Davidson Magalhães e Roberto José. O desfecho é imprevisível.
Em relação aos outros prefeituráveis, que os fernandistas costumam chamar de “nanicos”, o médico Antônio Mangabeira, pré-candidato pelo PDT, é quem melhor se posiciona nas pesquisas de intenção de votos.
“É surpreendente o crescimento de Mangabeira”, diz o deputado federal Félix Mendonça Júnior, presidente estadual da legenda brizolista. O parlamentar coloca Itabuna entre as cidades que podem eleger candidatos do PDT.
Félix tem toda razão. Mangabeira já é o terceiro colocado em um cenário com Augusto Castro, Geraldo Simões, Davidson Magalhães, Roberto José, Alfredo Melo, Carlos Leahy, Leninha Duarte, Otoniel Silva, Zem Costa e o coronel Santana. A tendência é Mangabeira se aproximar do segundo, configurando um empate técnico.
A favor do prefeiturável do PDT, além de sua independência, de não ter nenhuma ligação com grupos que já governaram Itabuna, o crescente sentimento de mudança que começa a tomar conta do eleitorado. Mudança de verdade e não simulacro, tapeação.
Outro detalhe é que o pré-candidato do PDT é mais administrador do que político, o que agrada uma boa parte da população cansada dos políticos profissionais, das velhas raposas, dos aventureiros e oportunistas de plantão.
Tenho dito que a disputa vai ser entre o candidato do DEM (ou do PSDB) e Antônio Mangabeira. O pedetista, com o voto útil de petistas, vanistas, socialistas e comunistas, pode ser o próximo prefeito de Itabuna.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.