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(4) Luiz      ConceiçãoLuiz Conceição | jornalistaluizconceicao2@gmail.com

 

O poder só pode ser transferido pelo voto universal e direto e não por tentativas torpes e execráveis. Chega de a classe política transformar o processo legislativo em uma cafua.

 

A despolitização de parte de nossos concidadãos, a negativa da Política por outra parte imaginando que, distante, vive no Eden, o analfabetismo político e a avidez descarada pelo poder da maioria dos políticos nos levou a esse labirinto digno de um conto de Machado de Assis, se vivo estivesse. Desde o nascimento da República, fato tão bem narrado pelo jornalista e escritor Laurentino Gomes, no livro 1889, o povo brasileiro continua bestializado com os rumos do país. Não participa diretamente e apenas assiste.

Parece que o tsunami que vivemos na política nacional, acontece do outro lado do globo, no sudeste asiático.  É preciso que as pessoas acordem para a pantomina engendrada maliciosamente no Congresso Nacional, cujo desfecho para o bem ou para o mal teremos no horário nobre da TV. Aliás, a mídia brasileira beira o ridículo, para dizer o mínimo, ao desbordar da neutralidade jornalística e se bandear quase que inteiramente para o lado contrário à sensatez. Poder político se ganha no voto! Aos olhos do mundo, o Brasil passa vergonha!

A partir de frágil e politiqueira denúncia para abertura de um pedido de impeachment, que completa a irracionalidade dos que não souberam perder com altivez a eleição presidencial de 2014, há duas semanas se vive um Big Brother, onde a TV não mostra o que acontece sob edredons. A vingar a desforra, passaremos mais tempo ainda com essa sensação nefasta que nos aprisiona. A sociedade como um todo está apreensiva, temerosa de que oportunistas acedam a chama que pode incendiar o país, tido e havido como de um povo ordeiro e pacifico.

Como insculpido na Constituição Cidadã de 1988, no parágrafo único, do artigo 1º, todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente. Portanto, o poder só pode ser transferido pelo voto universal e direto e não por tentativas torpes e execráveis. Chega de a classe política transformar o processo legislativo em uma cafua, onde os mais espertos fazem tratativas em benefício próprio ou de grupos, sem votos, em desrespeito à maioria que nas urnas fez sua opção política soberana. Não se pode defenestrar o governante por subjetividades e gostos pessoais.

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Deputado Bebeto Galvão, do PSB
Deputado Bebeto Galvão, do PSB

Do Blog do Gusmão

A opinião é do deputado federal Bebeto Galvão (PSB-BA), que fez hoje (16) um pronunciamento no plenário da Câmara dos Deputados.

Inspirado pelas palavras de Eduardo Campos, morto em 2014, lembrou que o então candidato a presidente pelo PSB mandou um recado para o PMDB e figuras como o ex-presidente Fernando Collor:

– Avisa aí ao Sarney, Renan, Collor, que nós estamos chegando e que eles vão ter que ir para a oposição. No nosso governo, conosco, eles não vão trabalhar. É preciso que alguém faça isso, senão não vai, senão não tem jeito.

Segundo Bebeto, o posicionamento de Eduardo Campos prenunciou a crise gerada pelo “pacto político mofado” que uniu PMDB e PT como “sócios majoritários do empreendimento eleitoral”.

O parlamentar, no entanto, reafirmou sua posição contra o impeachment, já que não vê no processo o fundamento jurídico “reclamado constitucionalmente”.

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ricardo ribeiroRicardo Ribeiro | ricardo.ribeiro10@gmail.com

 

Se levarmos em conta a seriedade, a qualidade moral e a folha corrida dos faxineiros, não há dúvida de que essa limpeza não irá muito longe.

 

Em meio aos chatíssimos bate-bocas virtuais dos grupos de WhatsApp, uma amiga (por sinal, esta bonita loira do artigo logo abaixo) fez uma pergunta intrigante, com indisfarçável ironia: “o que vocês vão fazer na segunda-feira, quando a corrupção tiver acabado no Brasil?”. Como é fácil perceber, ela se referia ao day after, à segunda-feira após uma possível aprovação, pela Câmara dos Deputados, do relatório que recomenda o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A pergunta, cuja resposta obviamente já se sabe, reflete o sentimento de que todo esse processo não afeta a raiz do problema. Basta ver o fundamento do pedido de impeachment: as pedaladas fiscais (supostos empréstimos tomados pelo governo junto aos bancos oficiais, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal) e decretos referentes às metas fiscais que foram baixados sem anuência do legislativo, o que outras gestões fizeram sem maiores sobressaltos.

Motivos bastante prosaicos, para não dizer questionáveis, diante do que paira nesse momento de Lava Jato, prisões de magnatas, propinas milionárias sendo reveladas diariamente após cada fase da operação, que pode mudar radicalmente o modo como se relacionam, desde antanho, os políticos e o grande capital. Este, sempre sedento pelos favores do Estado, e aqueles, viciados e dependentes do pagamento pelos ditos favores. No mundo da política é assim: uma mão lava a outra, mas nunca deixam de estar imundas.

Tais relações indevidas não são nenhuma jabuticaba, pois existem no Brasil e no mundo todo. Aqui, porém, sempre encontraram campo fértil na absurda permissividade com os larápios de colarinho branco, o que aparentemente começa a diminuir. Claro que para muitos a proatividade do juiz Sérgio Moro tem endereço certo, mas é plausível que o efeito colateral da operação venha a ser um despertar geral da sociedade para o fato de que, com o nível de corrupção existente nessas terras, o Brasil continuará a ser “o país do futuro” ad infinitum.

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