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Eric Júnior

 

Recentemente, assistindo a uma palestra da gerente regional do Sebrae, Claudiana Figueiredo, uma frase me chamou atenção: “Somos as pessoas que esperamos”. Faço destas as minhas palavras, afirmando que não é preciso aguardar quem mude a nossa realidade, mas sim fazer acontecer.

 

 

Há quase dois anos à frente da Provedoria da Santa Casa de Itabuna, posso dizer, hoje, que os corredores dos hospitais Calixto Midlej Filho, Manoel Novaes e São Lucas deixaram de ser apenas o meu local de trabalho, e se tornaram umas das maiores escolas que já tive na vida. A cada dia, um aprendizado, tanto com pacientes e acompanhantes como com colaboradores. A cada avanço, a cada conquista, a certeza de estarmos no caminho correto. Todos nós, juntos, tentando acertar diariamente.

Em outubro fomos contemplados como a melhor Santa Casa do Interior do Estado na premiação conhecida como o Oscar da Saúde na Bahia, o Benchmarking Saúde. Em uma noite de premiação na capital, representei os 1.800 funcionários e agradeci imensamente pelo reconhecimento à nossa instituição centenária, tão importante para a região pela referência em atendimento e serviços, e por ser a segunda maior empregadora de Itabuna.

Para minha surpresa, este reconhecimento não parou por aí. A Câmara De Vereadores Municipal, na semana seguinte, nos concedeu, pela primeira vez na história de uma instituição com cem anos, Moção de Aplausos (aprovada por unanimidade), numa iniciativa do vereador Júnior Brandão.

Recentemente, assistindo a uma palestra da gerente regional do Sebrae, Claudiana Figueiredo, uma frase me chamou atenção: “Somos as pessoas que esperamos”. Faço destas as minhas palavras, afirmando que não é preciso aguardar quem mude a nossa realidade, mas sim fazer acontecer. E é com este pensamento que encerro o meu agradecimento, inicialmente aos representantes dos demais hospitais da Bahia, que nos concederam o Troféu Ouro; à Câmara Municipal de Itabuna, pela inesquecível Moção de Aplausos; e aos colaboradores da Santa Casa de Itabuna, pela caminhada. Que venham os próximos cem anos!

Eric Júnior é provedor da Santa Casa de Itabuna.

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Carro sem direção caiu na Baía do Pontal, em Ilhéus

Um acidente no cais da Avenida 2 de Julho, imediações da Praia do Cristo, em Ilhéus, chamou a atenção de quem passava pelo local. Um carro de passeio caiu na Baía do Pontal. Motorista teria perdido a direção do veículo. As vítimas foram resgatadas por banhistas. O acidente ocorreu há pouco.

O VW Gol era dirigido por Paulo Smith. Ainda no veículo estavam outras três pessoas. Todas passam bem. Segundo informações, o motorista tentava ultrapassagem, quando destampou com outro veículo em sentido oposto e em alta velocidade. Para evitar tragédia, desviou, perdendo a direção do Gol, caindo na Baía do Pontal. Atualizado às 19h50min.

 

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Uesc sedia encontro de pesquisa e extensão || Foto Robson Duarte

A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) realizará, no próximo dia 15 de dezembro, das 8h às 18h, o VI Encontro Nacional de Pesquisa e Extensão (Enpex). Organizado pelo Departamento de Ciências Jurídicas (DCJUR), o evento busca congregar os resultados de pesquisa e extensão aplicados ao contexto de direitos humanos e fundamentais a partir dos estudos acadêmicos de investigação científica e experiências extensionistas.

O Enpex é uma ação do Programa Extensionista em Direitos Humanos e Fundamentais (PEX-DCJUR) e tem como público alvo estudantes, profissionais do Direito e áreas afins. As inscrições encerram-se neste domingo (19). Podem ser apresentados trabalhos em dez eixos temáticos (veja abaixo).

Estudantes de qualquer instituição de ensino superior ou profissionais podem se inscrever gratuitamente pelo
site https://doity.com.br/enpex#about – e participar na qualidade de ouvintes nos grupos de trabalho ou submeter trabalhos para apresentação oral, conforme o eixo temático que escolher, além de ser certificados com carga horária de participação no evento.

As vagas são limitadas. As atividades do Enpex serão realizadas no Auditório Jorge Amado e no Pavilhão do Juizado Modelo, na UESC. Para mais informações, consulte o site https://doity.com.br/enpex#about.

EIXOS TEMÁTICOS

a) Direitos Humanos e Fundamentais;
b) Jurisdição Constitucional, Hermenêutica e Democracia/Direito e Discurso/ Direito e
feminismos;
c) Alteridade, solidariedade, direitos fundamentais e relações privadas;
d) Justiça ambiental, Direito e sustentabilidade;
e) Direito Tributário – Moralidade do Estado e do Contribuinte;
f) Judicialização da política, Direitos fundamentais e Democracia;
g) Questão queer em tempos a temer: direitos e lutas LGBT+ no Brasil atual;
h) Migrações, refúgio e Direitos humanos;
i) Fundamentos gerais da teoria do delito; e
j) Mercado e regulação

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Esta pode ser chamada de A Primeira Página!

O jornal carioca Extra publicou uma primeira página memorável para lembrar um triste capítulo da história mais que recente da política do Rio de Janeiro. Dando “nome aos bois”, a primeira página trouxe a cara de todos os deputados e como cada um votou para livrar, da prisão, três dos seus colegas. Um dos beneficiados foi o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o peemedebista Jorge Picciani.

Junto com os colegas de partido e de legislatura Edson Albertassi e Paulo Melo, Picciani foi preso pela Polícia Federal sob a acusação de cobrar propinas que podem superar R$ 150 milhões em esquema que envolve empresas de ônibus no estado. O trio foi preso na quinta e solto na sexta, após a Alerj revogar decisão judicial no âmbito da Operação Cadeia Velha.

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Alex de Piatã critica medida de Temer || Foto Divulgação
O presidente da Comissão da Saúde da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Alex da Piatã (PSD), repudiou a possível medida do presidente Michel Temer (PMDB) de decretar uma moratória para impedir a abertura de novos cursos de medicina no país. A ação do peemedebista provocaria um tempo de cinco anos sem o surgimento dos cursos. Alex classificou o caso como absurdo e retrocesso.

“É um retrocesso total. Só de imaginarmos que estávamos avançando tanto em aberturas de novos cursos em todas as áreas. Um curso de medicina é importante! O presidente agora vem com essa possibilidade sem nenhuma justificativa plausível. Isso parece um discurso generalista, sem detalhes, sem números. Nada mais é do que retrocesso”, declarou.

Alex reiterou acreditar que o fato só vai encarecer os atuais custos das faculdades de medicina particulares já existentes. “Nós temos as faculdades de medicina com as mensalidades mais altas do mundo, que beiram os R$7 mil e essa medida pode deixar ainda mais caro. E temos um agravante: a suspensão também impacta as faculdades públicas que poderiam receber esses cursos”.

A medida de Temer foi revelada na sexta-feira (17) pela colunista Mônica Bergamo, da Folha , e confirmada pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. De acordo com o ministro democrata, a medida é um clamor do setor médico. “Há um clamor dos profissionais de medicina para que se suspenda por um período determinado a abertura de novas faculdades, em nome da preservação da qualidade do ensino”, afirma o ministro.

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Pinheiro volta a flertar com o PDT

Há quase dois anos sem partido, o secretário estadual da Educação, Walter Pinheiro, pode desembarcar no PDT. As conversas entre o senador e caciques da legenda voltaram a avançar e, segundo interlocutores, já há sinalização positiva de Pinheiro para se filiar à sigla. O presidente estadual do partido, Félix Mendonça Júnior, desconversou sobre as negociações, mas confirmou o interesse: “É a casa natural dele para a disputa pelo Senado”. É o que informa a Coluna Satélite, do Correio 24h.

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Durval Pereira da França Filho

 

Hoje, para crentes e descrentes, tolerância deve ser a palavra da vez, “sem arrogância, sem superioridade, sem presunção” como ensinava C. S. Lewis.

O dia 31 de outubro de 2017 assinalou a passagem dos 500 anos do segundo grande cisma do cristianismo: a Reforma Protestante. Nesse contexto, percebe-se que o número dos novos evangélicos tem crescido de maneira considerável. Mas também vem crescendo o número de muçulmanos, espíritas, agnósticos e ateus. Em meio a essa migração dentro do cristianismo, ao crescimento do Islã, a despeito do terrorismo, e ao crescimento daqueles sem religião, vai aqui uma pergunta: Deus existe?

Se você acredita que Deus existe, então prove. Não, você não pode provar, como também não pode provar o contrário. No panteão dos sem Deus, os mais evidentes são os ateus e os agnósticos.

Ateu é aquele que nega a existência de Deus, e o termo vem do grego a = não, sem: + Theos = Deus. Os especialistas fazem distinção em alguns tipos de ateus: existencialistas (Jean-Paul Sartre), marxistas (Karl Marx), psicológicos (Sigmund Freud), capitalistas e comportamentalistas (B. F. Skinner). O foco de sua argumentação é a negação.

Agnóstico é o que desconhece os meios para saber se Deus existe, bem como outras realidades metafísicas. O termo também vem do grego a = não + gnoses = conhecimento, ou seja, Deus é incognoscível, não se pode ter certeza se Ele existe ou não. O foco de sua argumentação é a dúvida. Mas, independentemente das classificações, os adeptos do ceticismo são encontrados nos meios de comunicação e, principalmente, nas universidades.

Charles Darwin (1809-1882), naturalista britânico, é um exemplo típico de agnóstico. Através de suas pesquisas e observações sobre a variabilidade das espécies, elaborou a doutrina da evolução por meio de uma seleção natural, como paradigma para explicar a origem da vida, sem evidências da ação divina.

Já Friedrich Nietzsche (1844-1900), alemão de origem judaica e formação luterana, filósofo e filólogo, tem sido considerado “o mais cruel e vigoroso ateu da história”. Dizia que para ele Deus estava morto, pois não conseguia acreditar em “um Deus que quer ser louvado o tempo todo…”. Assim, a sua crença na morte de Deus era subjetiva, na cosmovisão do homem ocidental.

Sigmund Freud (1856-1939), neurologista e psiquiatra austríaco, sempre se considerou ateu, embora de origem e educação judaicas. Para ele, “Deus é uma concepção humana nascida no inconsciente…”, e “a fé em Deus não passa da projeção de fortes desejos e necessidades internas”. Costumava afirmar que não tinha o temor de Deus e que, se algum dia o encontrasse não pretendia se entregar. Mas quase se entregou.

Já o crítico literário britânico C. S. Lewis ou Clive Staples Lewis (1898-1963), também ateu, tinha em Freud a sua inspiração. Na universidade, C. S. Lewis teve certeza de que “religião é coisa para criança”, e as igrejas eram verdadeiras creches para aqueles que não conseguiram crescer e se libertar. Freud morreu de câncer do palato, afirmando ser ateu até o fim dos seus dias, mas sua correspondência está cheia de expressões como “graças a Deus”, “se Deus quiser” e similares. Foi a morte do mestre que levou C. S. Lewis a ser criança de novo e a voltar para a creche, para Deus.

Para Bertrand Russel (1872-1970), filósofo e matemático britânico, ateu, “a religião nasce do medo” e torna as pessoas subservientes e a crença em Deus não conduz à felicidade.

O que pensam os modernos Richard Dawkins (1941), biólogo inglês, e Stephen Hawking (1942), astrofísico e cosmólogo? A fé em Deus é um “absurdo altamente perigoso”, porque a probabilidade de que Deus exista é ínfima (Dawkins). A crença em Deus é incompatível com a ciência (Hawking).

Francis Collins (1950), biólogo e geneticista norte-americano, foi diretor do Projeto Genoma Humano. Ateu convicto até os 27 anos, seguiu na contramão da tendência pós-moderna entre os cientistas: foi na universidade que ele se converteu ao cristianismo. A partir daí, vem discordando das teorias de Daniel Denneth, Richard Dawkins e outros colegas ateus, e afirma categoricamente que “a ciência não exclui Deus”.

Leandro Karnal (1963), historiador brasileiro, professor da Unicamp e ateu convicto, faz apologia à Bíblia como o livro mais influente da humanidade, livro que ele diz ler “quase diariamente” e do qual destaca o livro de Jó e o coloca entre os dez que mais influenciaram sua vida. É essa Bíblia que Leandro Karnal já leu muitas vezes, que afirma no Salmo 19:1: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos”.

Então, para ser ateu é preciso ter mais fé do que para ser religioso, porque a crença cristã se fundamenta na Bíblia e nas evidências da natureza; a muçulmana (sem terrorismo) se fundamenta no Alcorão; o judaísmo se fundamenta na Torá (Velho Testamento); mas o fundamento ateísta é a negação, o niilismo, o nada. “Viemos do nada e vamos para o nada; no meio, resta apenas a angústia” era como pensava o filósofo francês Jean Paul Sartre (1905-1980), de ancestralidade cristã que se desencantou com a religiosidade aparente de sua família.

Augusto Cury, médico psiquiatra paulista, o escritor brasileiro mais lido nos últimos dez anos, autor da Teoria da Inteligência Multifocal, assim com C. S. Lewis, foi um dos grandes ateus que também voltou à “creche”, a Deus… mas ele afirma que religião pode ser fonte de doença e de saúde mental, a depender da forma como é praticada. “A intolerância é um câncer na sociedade e isso vai totalmente contra o que Jesus vivenciava…”, afirma Cury.

A falta de Deus na vida das pessoas pode contribuir para o aumento da violência, do preconceito, da intolerância. Mas o grande problema não decorre dos céticos, por qualquer razão. Os responsáveis pelo grande aumento dos descrentes são os ditos crentes, que não vivem de acordo com a fé que professam em Deus. Vivem como se Ele realmente não existisse, o que tem contribuído para o desencantamento de muitos. Por trás de cada conversão ao ateísmo, existe uma frustração, uma mentira, um engano, um desencanto motivado por religiosos de ontem e de hoje.Leia Mais