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Para 32% Lula é nome ideal para recuperar economia e 15% dizem que é Bolsonaro

A última pesquisa Datafolha apurou que 32% dos brasileiros consideram Lula (PT) o mais preparado para recuperar o crescimento econômico brasileiro. Para 15%, o ideal seria Bolsonaro (PSL) e outros 8% veem Marina Silva (Rede) com este perfil. Os dados foram publicados pela Folha de São Paulo.
Ainda segundo a pesquisa, a maior vantagem de Lula neste quesito é conquistada na Região Nordeste, onde atinge 51% ante 8% de Bolsonaro. Os dois candidatos empatam em 20% entre os eleitores com nível superior.
Entre os mais ricos, Bolsonaro é visto como o nome para alavancar a economia por 21% dos eleitores, seguido de Alckmin (PSDB), com 17%. Lula fica com 14% e Henrique Meirelles (MDB) atinge 12%.
A pesquisa Datafolha também apurou queda de eleitores que acreditam em impedimento da candidatura de Lula por causa da Lei Ficha Limpa – de 62% para 55%. Já o percentual dos que acreditam em candidatura do ex-presidente saltou de 34% para 40%. Para 49%, Lula deveria ser candidato. Outros 48% acham que ele deveria ser impedido.

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Familiares procuram caminhoneiro

Familiares estão desesperados com a falta de informações sobre o paradeiro do caminhoneiro José Carlos Fermino Nunes, de 60 anos, que foi visto pela última vez na quinta-feira (21). Ele estacionou o veículo às margens da BR-415,  perto do Centro de Distribuição da Padim, no bairro Ferradas, em Itabuna.
O caminhão foi encontrado neste mesmo local, horas depois, já sem o motorista, com as portas abertas e sem sinal de arrombamento. O celular do caminhoeiro foi localizado perto do veículo de frete. Já os cartões de crédito foram encontrados no interior do caminhão.
Os familiares suspeitam que José Carlos esteja perdido na região de Ferradas e fazem um apelo para que as polícias em Itabuna iniciem buscas para tentar localizá-lo ainda com vida.  “Ele deve ter se perdido no mato. Pode ser que ele não esteja tão distante de onde o caminhão foi encontrado. Gostaria muito que as polícias usassem o aparato que dispõem para encontrar meu pai”, apela um dos filhos do caminhoneiro.
Motorista deveria voltar para o sul na quinta-feira

O rapaz afirmou que o pai deveria retornar de Itabuna, levando uma carga para o Paraná, na manhã de sexta-feira (22), o que não ocorreu. José Carlos é morador de Barra Velha, em Santa Catarina, e está longe de casa há 15 dias, segundo a família.  Quem tiver informações sobre o caminhoneiro, pode ligar para os telefones (47) 9 92353628 ou 9 99628372. Se preferir,  pode fazer contato pelo 190 da Polícia Militar.

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Gabriel Nascimento || gabriel.santos@csc.ufsb.edu.br
 

A encruzilhada do combate ao racismo hoje tem muitos caminhos. Inclusive o silêncio e o silenciamento. Por exemplo, não é possível ignorar que nas famosas reuniões da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais (ANDIFES) agora teremos um rosto negro (o único), com vasta produção em sua área, que é a recém-empossada reitora da UFSB, a professora Joana Angélica. Não é um fato menor

 
Quando, em 2013, surgiu a notícia da chegada da UFSB, houve um poço de esperança e desconfiança com sua chegada, sobretudo para quem era do sul da Bahia, como eu. No entanto, aos poucos ela foi sendo entendida como uma grande via de desenvolvimento dessa região imensa, com várias costas e tão diversos territórios de identidade.
E a UFSB foi ousada sim. É verdade que não avançou mais porque, sendo uma das últimas universidades federais construídas na era Lula/Dilma, bateu de frente com um golpe, um governo usurpador e golpista que tem sucateado tudo que é público no país, e uma assassina PEC 55, agora Emenda Constitucional 93. Mas é verdade, também, que o plano de expansão dos colégios universitários fincou na universidade o grande objeto de combate ao racismo na nossa região através de um projeto de universidade regionalizada.
Depois das universidades com projetos distintos do Reuni (o programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais dos governos de Lula e DiLma) com inserção multicampi e interiorização, em que universidades como a UNILAB ou UNILA cumpriam papéis de integração internacionalista Sul-Sul, ou como a UFABC que cumpria um papel ligado à integração com o setor produtivo, ou ainda a UFFS e a UFVJM que repensavam os territórios e identidades mais pobres de cada região e pensavam a inserção regional da universidade como forma de combater a pobreza, êxodo rural e promover a agricultura familiar, ou ainda a interiorização dos campi de universidades federais tradicionais, a UFSB era a menina dos olhos de ouro de quem pensava currículo universitário e ações afirmativas desde a base no país.
A UFSB foi ousada em termos de currículo e inserção regional. O seu projeto do currículo se alarga e se conecta ao da inserção à medida que sua proposta afirmativa mais ousada era a Rede Anísio Teixeira de Colégios Universitários, em que as próprias graduações de primeiro ciclo já começassem a funcionar na rede pública estadual com 85% de reserva de vagas para esse público. Para quem vem discutindo o projeto das cotas desde Durban, isso era quase mágico. Se não fosse o golpe, Temer e a Emenda 93.
Por outro lado, a UFSB também foi ousada no diálogo com o projeto de ações afirmativas para a graduação já existente em lei e nas demais federais. A comunidade acadêmica teve a coragem de reservar 55% de vagas nos campi e 85% nos colégios universitários para o ingresso nas chamadas graduações de primeiro ciclo. Aquilo era uma boa primeira resposta ao golpe e a Temer (mesmo tendo acontecido antes do golpe) de que essa universidade ia continuar resistindo. Mais tarde, mesmo com forte resistência interna, a aprovação de 75% das vagas para ingresso nas graduações de segundo ciclo colocaram a UFSB na grande encruzilhada do combate ao racismo regional nesta quadra de nossa história.
A autodeclaração foi uma das maiores tecnologias do nosso tempo. Fizemos até melhor que os Estados Unidos. O Estatuto da Igualdade Racial estabelece em suas premissas que agora este país devia admitir que há negros vivendo nele, forçando inclusive os candidatos nas eleições a se autodeclararem. Passados mais de 10 anos das cotas, os cursos de Medicina, Direito, Engenharias pouco se escureceram. Isso é visível. Basta passear dez minutos em qualquer faculdade de saúde do país. Parece a mesma coisa de andar pela Alemanha. Das duas uma: ou a lei de cotas excetua alguns cursos ou tudo isso não passa de um grande processo (que inclui cúmplices entre os agentes de Estado) de fraude. Bastaram as primeiras denúncias aparecerem em algumas grandes universidades, como UFRGS, UFMG ou UFF, para que a discussão da autodeclaração fosse reaberta por conta do racismo e da afroconveniência.
O racismo no Brasil, que é de marca e não de origem (no caso dos negros), soube utilizar a autodeclaração como sua tecnologia de burlar as cotas. Não em Letras e Filosofia. Mas em Medicina e Direito. Isso levou o Ministério Público Federal a sugerir comissões de verificação das fraudes. O argumento jurídico é simples. Na decisão da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 186, impetrada pelo DEM para proibir verificação de cotas na UnB, e na Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 41, o Supremo Tribunal Federal já tinha decidido pela constitucionalidade das chamadas bancas de verificação.
O racismo é tão cruel que até gente que era contra as cotas hoje frauda as cotas nas universidades e concursos públicos. Quando permitiu as comissões ou bancas, o Supremo prezou pela isonomia constitucional ao entender que, para promover diversidade, era necessário conceber a existência de grupos específicos. No Estado da Bahia a questão é ainda mais grave por termos a maior população negra depois da África. Enquanto em estados como o Rio Grande do Sul as denúncias pipocam, aqui caímos na bobagem de não entender que, neste momento, combater o racismo estrutural é combater a fraude. O candidato da fraude em geral sequer passa pela suspeição do que chamamos de branco baiano, que é aquele branco logicamente diferente (porque os brancos são diferentes e não há nenhum problema nisso) do branco do Sudeste.Leia Mais

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Jovens brasileiros sonham com o dia de embarque para o exterior

A falta de segurança e de perspectivas profissionais somadas ao alto custo de vida e impostos elevados fazem com que 19 milhões de jovens brasileiros, na faixa etária de 16 a 24 anos, queiram deixar o Brasil em busca de oportunidades no exterior. Portugal é o segundo principal destino, depois dos Estados Unidos. Em seguida estão Canadá, França, Espanha e Inglaterra.
Os dados são do Instituto DataFolha que ouviu 2.090 entrevistados. A pesquisa mostra que 50% dos que têm entre 25 e 34 anos gostariam de abandonar o Brasil. Esse percentual cai para 44%, na faixa de 35 a 44 anos e 32% para os que estão entre os 45 e os 59 anos. No grupo acima de 60 anos, o percentual é de 24%.
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O Tribunal do Vaticano condenou neste sábado (23) a cinco anos de prisão o sacerdote Carlos Alberto Capella, ex-conselheiro da Nunciatura de Washington, nos Estados Unidos, por posse e troca de material pornográfico infantil.
O julgamento começou ontem (22), mas a decisão foi tomada hoje. O promotor Gian Piero Milano tinha pedido uma pena de cinco anos e nove meses de prisão, enquanto a defesa solicitava a condenação mínima, sem especificar o período que o acusado ficaria detido.
A Promotoria do Vaticano argumentou que Capella deveria ser condenado porque possuía grande quantidade de fotos e vídeos com menores em atos sexuais explícitos. Ele era acusado da posse e transmissão das imagens, já que havia feito postagens do material em um blog criado na plataforma Tumblr.
A defesa afirmou que o comportamento de Capella não é sinal “periculosidade”, mas sim de um “problema psicológico”. Para comprovar a tese, os advogados do sacerdote apresentaram uma avaliação que mostrava que ele não revelava “tendências de pedofilia” e sofria de “problemas relativos à sua fragilidade”.
Capella teve a oportunidade de falar no julgamento antes da sentença e disse estar arrependido. Ele também afirmou que esperava que a situação fosse considerada com um incidente no caminho de sua vida sacerdotal.