Tempo de leitura: 3 minutos
UFSB é a universidade mais afetada pelos cortes em todo o país || Foto Pimenta

Professores, estudantes e movimentos sociais participaram de novo ato contra o corte de verbas de custeio das universidades e institutos federais, nesta quinta-feira (30), em Itabuna. O ato reuniu cerca de 2 mil pessoas, boa parte delas estudantes da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e dos institutos federais IFBA e IFBaiano, além de professores da Educação Básica e do ensino superior.

A concentração dos manifestantes começou por volta das 15h30min, no Jardim do Ó, e ganhou corpo até descer a Avenida do Cinquentenário, no Centro de Itabuna, às 16h20min. O número de manifestantes foi maior do que no protesto realizado há duas semanas, quando 1,2 mil foram às ruas de Itabuna (relembre aqui).

Faixas apontavam para Guedes e Bolsonaro na avenida || Foto Pimenta

Alas de estudantes da UFSB chamavam a atenção, por meio de faixas e cartazes, para os cortes que podem inviabilizar o funcionamento da universidade federal do sul da Bahia. O protesto era direcionado ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, com raras menções ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, apelidado de “Ministro do Chocolatinho”.

CORTE DE BOLSAS E RISCO DE DESPEJO

Membro do Centro Acadêmico Marielle Franco, do Bacharelado de Humanidades da UFSB, o estudante Saulo Carneiro avaliou a manifestação de hoje como ainda maior que a realizada há duas semanas. “Foi maior porque conseguimos mobilizar diversos setores da sociedade, garantindo a pluralidade democrática e trazendo os estudantes como protagonistas deste movimento”, afirmou.

Saulo diz que houve suspensão de bolsas e situação é caótica || Foto Pimenta

Saulo aponta, ainda, os reflexos dos cortes na educação na UFSB. “Só neste ano, tivemos a suspensão de 54 bolsas de iniciação científica. Pelo planejamento, só há orçamento (recursos) para a universidade funcionar até setembro”, disse.

Manifestantes tomaram a Cinquentenário || Foto Pimenta

Saulo, que já integrou o Conselho Superior da universidade, também lembra que o contingenciamento decretado pelo Governo Bolsonaro afeta as obras de construção da Reitoria em Itabuna e dos campi da universidade em Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas.

“Estamos em sede provisória (Itabuna) que paga, por ano, R$ 800 mil de aluguel. O contingenciamento vai afetar esse aluguel e podemos ser até despejados. A situação da UFSB é crítica e caótica”, diz.

GREVE GERAL EM JUNHO

Um dos representantes da CUT no sul da Bahia, João Evangelista avaliou os atos em Ilhéus e Itabuna como “bastante representativos e significativos para o momento do País, de ameaça aos trabalhadores e estudantes” e destacou a participação da classe estudantil. “Os estudantes estão dando recado de que não aceitam o corte. Este ato de hoje vai fortalecer a convocação para a greve geral em 14 de junho”, acrescentou.

Na manifestação, Bolsonaro foi tratado pelo apelido na oposição || Foto Luiz Carlos Júnior

Uma resposta

  1. Tá tão manjado,vão para Cuba ou Venezuela,o Brasil deveria incentivar
    vocês estudar,trabalhar e viver nestes Países, sobraria muitos espaços para os venezuelanos, cubanos que fogem da miséria dos seus Países. Uma vez que o Brasil receberia bem os novos brasileiros.

    O quanto a vocês, fazia o grande bem ao País e a este comentarista também, em ser cubanos e venezuelanos, o Brasil desejaria-lhes felicidades e nunca volte!
    PT e comunistas, tudo de bom; na Venezuela e em Cuba.

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *