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Manuela Berbert || manuelaberbert@yahoo.com.br

 

 

Um dia depois me dou conta de que era ela, a menina risonha das fotos do mesversário quem teria falecido! Automaticamente lembrei dos textos da mamãe valente dizendo que ela era o seu grande presente. Voltei lá. “Meu Deus, ela mesma! A neném que usava turbantes coloridos!” Meu coração apertou!

 

Sou apaixonada por gente. E observadora atenta do comportamento humano. E, nessas, acabo perdendo muito tempo nas redes sociais. (Ou ganhando, quem vai saber?!). E nesse vai e vem de perfis, vi Eddy Oliveira, vocalista da Banda Via de Acesso, postar o mesversário da sua afilhada recentemente, e que ela tinha até uma página no Instagram.

Para variar, fui laaaá longe, nas escritas da mamãe e nas imagens inusitadas da menina. “Essas mães inventam é coisa! Só pra emocionar a gente!”, pensei, lembrando também da #ParaMariaLer, que a atriz Débora Secco escreve para a sua Maria e que eu fico daqui torcendo para que o Mark Zuckerberg, dono deste recinto todo chamado internet, não invente de bugar a rede antes da menina Maria crescer, ler e marejar os olhos, como me acontece tanto!

Passei essa semana viajando – literalmente – em mais uma imersão cultural e de estudos. Para avançar, às vezes a gente precisa reconhecer que é preciso uma dosezinha de coragem e outra absurda de dedicação, senão o negócio não vai. Não anda! E quanto mais caminho, mais percebo que o mundo da comunicação (e dos eventos) correu, e que de alguma forma Itabuna anda pairando no ar, vagarosamente, como quem não acha um solo fértil para pousar, mas também não cai porque há um time mantendo-a de pé, ainda que na marra.

E entre cursos, palestras e afins fora da Bahia, abri a tela do celular na intenção de fazer um textão me queixando de tudo, seguindo a máxima comportamental de que as nossas redes viraram um divã que oscila entre conquistas pessoais e queixas coletivas. Mas aí li que uma mulher e uma criança (tia e sobrinha) teriam sido mortas por uma caçamba em Ilhéus. “Caramba! Não vou nem olhar as fotos!”, pensei.

Um dia depois me dou conta de que era ela, a menina risonha das fotos do mesversário quem teria falecido! Automaticamente lembrei dos textos da mamãe valente dizendo que ela era o seu grande presente. Voltei lá. “Meu Deus, ela mesma! A neném que usava turbantes coloridos!” Meu coração apertou! E, do lado de cá, estática por longas horas, fiquei refletindo com meus botões se há mesmo a necessidade dessa corrida toda, quando, na verdade, só o Dono do tempo tem o comando do trem de pouso e, invariavelmente, do clique para a decolagem!

Manuela Berbert é publicitária!

2 respostas

  1. Essa foto da pequena Helena, registrei no último domingo (8), no projeto Ciranda na Praça. Na edição de 3 de agosto, no dia que conheci Helena, também fiz fotos, inclusive com Deborah, sua mãe. Há muito tempo não sinto uma dor tão grande pelo passamento de alguém que não é meu parente. Que Nosso Senhor conforte o coração da mãe e dos familiares.

  2. li algo mais ou menos assim pela própria locutora que trancou a matricula do curso de dirito quase no final, este comentarista manda uma sugestão para à acadêmica de direito; que reative sua matricula e volte concluir o Bacharelado, se
    não pretende advogar não precisa fazer a OAB e continuem na brilhante profissão de jornalista ou naveguem pelas duas nobres profissões. Quem sabe em sua volta ao curso de direito este comentarista sentiria uma grande honra ser colega da brilhante jornalista.

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