Vitória da Conquista tem 2,5 casos notificados de dengue
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O morador de Vitória da Conquista não deve ficar em alerta máxima somente contra o novo coronavírus, que já causou a primeira morte no município. Outra doença, a dengue, velha conhecida dos brasileiros, está preocupando as autoridades de saúde do município do sudoeste da Bahia.

De acordo com dados do Programa de Controle de Endemias, do início de janeiro deste ano, até essa segunda-feira (13), já foram notificados 679 casos suspeitos de dengue no município, com 71 confirmados. Um aumento alarmante, se comparado com o mesmo período do ano anterior, que registrou apenas no primeiro trimestre, 63 casos notificados com suspeita de dengue, com  seis positivos.

Esse aumento no número de ocorrências de casos já era algo previsto pelo Ministério da Saúde desde 2019, como explica Eliezer Silveira, coordenador do Programa de Controle de Endemias.

“Já estava sinalizado que no Nordeste e nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, teriam um aumento significativo de ocorrência de notificações de dengue, zika e chikungunya neste ano, por conta do vírus que está circulando nessas regiões que é o tipo 2. Esse é um tipo que ainda não tinha circulado aqui, então as pessoas não tinham tido contato com esse vírus até então. Por isso, a possibilidade de disseminar na população é muito grande”.

Aliado a isso, está o acúmulo desse período chuvoso que condiciona mais locais para reprodução do mosquito. Com a chuva, qualquer pequeno recipiente que esteja jogado em vias públicas, quintais, terrenos baldios, em cima de uma laje ou em qualquer outro ambiente, proporciona as condições ideais para que o mosquito coloque seus ovos e conclua o ciclo de reprodução no período de 7 a 10 dias, enquanto que numa temperatura mais baixa, ele pode levar de 10 a 12 dias.

Ainda de acordo com o coordenador do Programa, o fator determinante é a colaboração da população no combate ao mosquito. “A gente tem encontrado em torno de 89% de caixas d’água destampadas ou tampadas parcialmente, dando condições para os mosquitos reproduzirem. Então isso é um fator muito determinante, porque quando a gente faz o levantamento de índice, que chamamos de LIRAa, a gente encontra esse percentual nos depósitos que são caixas d’água nível de solo”, explica Eliezer.

O índice de infestação geral do município é 6,6%, de acordo com o último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) feito pelo Programa no mês de fevereiro.

AÇÕES DE CAMPO

Nesse atual momento de pandemia da Covid-19, segundo as autoridades, os agentes intensificaram as ações educativas e de orientação com os moradores, as visitas aos terrenos baldios e residências que possuem acesso pela lateral, evitando entrar no interior dos imóveis, mantendo sempre uma distância segura de, pelo menos, 2 metros do morador, respeitando todas as orientações de segurança do Ministério da Saúde.

As visitas são feitas de forma sistemática e quinzenal em pontos estratégicos com maior possibilidade de reprodução do mosquito Aedes aegypti, bem como os bloqueios que também vêm sendo feitos com a borrifação perifocal, por meio de equipamentos motorizados costal, nas localidades ou nos quarteirões onde ocorreram casos notificados ou confirmação de casos de qualquer uma das arboviroses.

A vigilância contra o mosquito Aedes aegypti deve ser constante. Todo trabalho vem sendo feito em diversos bairros e os resultados são positivos com a ajuda da população. Cuide do seu quintal e não deixe água parada para o mosquito!

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