Ilhéus registra mais três óbitos pela Covid-19
Tempo de leitura: < 1 minuto

A Secretaria de Saúde de Ilhéus (Sesau) informou, no início da noite deste domingo (19), que subiu para 27 o número de pessoas curadas do novo coronavírus que tiveram alta médica no município. Outras 27 pessoas infectadas pela doença estão em isolamento domiciliar e são acompanhadas pela Vigilância Epidemiológica.

O boletim epidemiológico revela ainda que Ilhéus registra um total de 67 infectados pelo novo coronavírus, sendo que 11 estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Além disso, o município contabilizava uma morte até o início da noite de hoje.

De acordo com a Secretaria de Saúde, o município possui 11 leitos de UTI exclusivos para coronavírus, contratualizados junto ao Hospital de Ilhéus. Após a conclusão da instalação do Centro de Triagem Covid, serão disponibilizados mais quatro leitos na sala vermelha, equipados com três respiradores para atendimento em caráter de emergência.

Comércio de Itabuna poderá abrir neste sábado
Tempo de leitura: < 1 minuto

Depois de sofrer pressão de empresários, o prefeito Fernando Gomes decidiu flexibilizar o funcionamento do comércio de Itabuna, a partir desta segunda-feira (20). Nesta semana, Fernando deve publicar um novo decreto autorizando a reabertura de lojas de setores importantes para quem possui veículos.

O prefeito deve autorizar a reabertura de estabelecimentos como oficinas mecânicas, revendedoras de pneus, autopeça e lojas de baterias e óleo para veículos. Para a liberação, será exigido que os comerciantes distribuam máscaras para os funcionários e limitem o número de pessoas no interior dos estabelecimentos.

Hoje, estão autorizados a funcionar estabelecimentos como supermercados, açougues, feira livre, postos de gasolina, verdurões, casas lotéricas, agências bancárias, farmácias e revendedores de água mineral e de gás de cozinha.

Itabuna registra 54 casos do novo coronavírus e uma morte. Com grande número de infectados pela doença, o município está com o transporte coletivo suspenso e a circulação de táxi e serviço por aplicativo é controlada. Atualizado às 17h50min.

Tempo de leitura: < 1 minuto

A pequena Barro Preto, no sul da Bahia, confirmou neste domingo (19), por meio de teste, o primeiro caso do novo coronavírus (Covid-19). A pessoa infectada seria profissional de saúde e encontra-se em isolamento, conforme a prefeita Ana Paula.

Vizinha a Itabuna, Barro Preto possui 11 casos em monitoramento. De acordo com o município, são pessoas que estiveram em outras cidades ou estados e não apresentam sintomas da doença.

Regras para pesca da lacosta serão suspensas
Tempo de leitura: 2 minutos

A Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou,  na sexta-feira (17), no Diário Oficial da União a suspensão temporária da Instrução Normativa nº 54, de 29 de outubro de 2019, que estabelece o período de defeso e define as regras para o desembarque, o transporte, o armazenamento, a comercialização e o beneficiamento das lagostas vermelha, verde, pintada e sapateira. A suspensão vigorará a partir de 1º de maio de 2020 e se estenderá até 31 de maio de 2021.

Durante a suspensão, prevalece o período de defeso de 1º de dezembro a 31 de maio das lagostas verde e vermelha e o estoque devidamente declarado poderá ser comercializado durante todo o período de defeso, conforme a Instrução Normativa do Ibama nº 206, de 14 de novembro de 2008. Para as lagostas das espécies pintada e sapateira não haverá defeso nem outras restrições.

O objetivo da medida é atender às solicitações do setor produtivo devido aos problemas causados pela pandemia Covid-19. Entre as motivações está a dificuldade em realizar investimentos financeiros neste momento para adequação estruturais das embarcações a fim de transportar e comercializar a lagosta inteira, como determinava IN 54. Também foi considerado que cerca de 95% da produção da lagosta é exportado, cenário atualmente comprometido pela pandemia.

OUTRAS INSTRUÇÕES NORMATIVAS

Durante o período de temporária da Instrução Normativa nº 54, ficam mantidas as vigências integrais dos dispositivos da Instrução Normativa Ibama nº 138, de 6 de dezembro de 2006 e da Instrução Normativa Ibama nº 206, de 14 de novembro de 2008.

Com a suspensão, volta a vigorar a proibição do desembarque, conservação, beneficiamento, transporte, armazenamento, comercialização e exportação das lagostas verde e vermelha, sob qualquer forma que venha a descaracterizar a cauda da lagosta, impedindo a sua identificação e medição, conforme estabelecido na Instrução Normativa Ibama nº 138.

Acidente de moto na Princesa Isabel neste domingo
Tempo de leitura: < 1 minuto

Um acidente de moto, na manhã deste domingo (19), na Avenida Princesa Isabel, perto da praça do bairro São Caetano, deixou três pessoas feridas. Testemunhas relataram ao PIMENTA que a jovem que pilotava a motocicleta não conseguiu desviar e acabou atropelando um idoso que trafegava numa bicicleta.

De acordo com testemunhas, o acidente teria ocorrido um em momento de distração da condutora da moto, que teria se virado para conversar com a carona. As duas mulheres ficaram bastante machucadas e foram socorridas por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Houve aglomeração em volta das vítimas do acidente.

O idoso foi levado para o Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães por uma segunda equipe do SAmu. Ele teria fraturado a bacia e o fêmur.  Até o fechamento da matéria, não havia mais informações sobre o estado de saúde das três vítimas do acidente.

O que chamou atenção foi a aglomeração no local do acidente. As imagens mostram que muitas pessoas, inclusive idosas, não usavam máscaras recomendas como uma das medidas de prevenção contra o novo coronavírus.  A poucos metros do acidente, na feira livre do bairro, havia mais aglomerações.

Álvaro trabalhava no Hospital de Ipiaú, também no sul da Bahia
Tempo de leitura: < 1 minuto

Saiu há pouco o novo boletim da Covid-19 na Bahia. Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), são agora 1.230 casos e 44 óbitos. As três últimas mortes pela doença confirmadas ocorreram em Itabuna, Ipiaú e Salvador (veja mais abaixo).

O detalhamento dos novos casos de coronavírus será divulgado em boletim epidemiológico ao final da tarde de hoje, segundo a Sesab. Dos casos confirmados, 157 são profissionais de saúde. Ao todo, 315 pessoas estão recuperadas e 138 encontram-se internadas, sendo 50 em UTI.

Dos óbitos, 21 foram de pacientes de Salvador, 5 de Lauro de Freitas, 2 em Gongogi, 2 em Ilhéus, em Uruçuca, 1 em Ipiaú, 1 em Itagibá, 1 em Itabuna, 1 em Utinga, 1 em Agustina, 1 em Araci, 1 em Belmonte, 1 em Vitória da Conquista, 1 em Itapé e 1 em Juazeiro.

Hoje, a Sesab também divulgou o perfil dos óbitos registrados entre a tarde de ontem e a manhã de hoje (19).

42° óbito – Homem, 37 anos, residente em Itabuna, com histórico de doenças cardiovasculares e renal. Falecimento em 16 de abril. Estava internado no Hospital Calixto Midlej Filho (Santa Casa de Misericórdia), em Itabuna.

43° óbito – Homem, 27 anos, residente em Salvador, com histórico de esclerose tuberosa. Falecimento em 16 de abril. Não estava internado.

44° óbito – Homem, 26 anos, residente em Ipiaú, com histórico de obesidade e diabetes. Falecimento no início da noite deste sábado (18). Estava internado no Hospital Couto Maia, em Salvador. Era funcionário do Hospital Geral de Ipiaú.

Nova tecnologia de diagnóstico de coronavírus será testada na Policlínica de Itabuna || Foto Divulgação
Tempo de leitura: < 1 minuto

O governador Rui Costa decidiu que o atendimento nas policlínicas regionais de saúde será retomado de forma “cautelosa e cuidadosa” para que pacientes de toda a Bahia possam continuar tratamento médico. A decisão foi tomada durante reunião remota entre representantes dos poderes estaduais.

Além do governador, participaram do encontro virtual o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), Lourival Almeida Trindade; o presidente da Assembleia Legislativa (Alba), Nelson Leal; e a chefe do Ministério Público Estadual (MPBA), Norma Cavalcanti. Durante a reunião, o governador também demonstrou preocupação com a situação financeira do Estado em razão dos recursos que estão sendo investidos no combate ao avanço da covid-19.

A motivação para a reabertura das policlínicas, explicou Rui, são os pedidos feitos por pessoas que tiveram seus tratamentos interrompidos com as férias coletivas dadas aos profissionais das policlínicas, que se encerram em 6 de maio. “São pessoas que precisam saber se estão com câncer ou não, que precisam avaliar seus problemas cardíacos, se têm diabetes”, disse o governador.

Atualmente, a Bahia possui 16 policlínicas regionais, que atendem uma população de cerca de dois milhões de pessoas. “Elas são importantíssimas para salvar vidas humanas”, explicou Rui. De acordo com ele, a reabertura dessas unidades será programada de forma progressiva e seletiva, por região e município, e após o fim das férias coletivas, para evitar que essa atividade interfira de forma negativa na contenção do coronavírus. “Se nossa meta é preservar vidas, não podemos ignorar os outros problemas de saúde, que não deixaram de acontecer”, acrescentou.

Tempo de leitura: 3 minutos

Um bom termômetro para saber a hora de abrir o comércio e medir a confiança das pessoas, um método bastante eficiente, seria perguntando aos pais: “Se as escolas abrissem hoje, você mandaria seus filhos as aulas?”.

Gerson Marques || gersonlgmarques@gmail.com

A vontade dos comerciantes de abrirem suas lojas é uma legítima. A vontade dos ambulantes irem às ruas venderem seus produtos, idem. O medo dos trabalhadores perderem empregos com as empresas fechadas, também. Estes sentimentos não podem ser desprezados nem varridos para o campo ideológico.

Não é factível três, quatro, cinco meses de vidas paradas, isolados, nem econômica, social ou fisicamente. As consequências são inúmeras e as econômicas são só parte do problema.

Dito isso, reafirmo: Nada é mais legítimo que a vida, o direito de viver, e o direito de não perder a vida. Esta legitimidade se sobrepõe às demais.

A pandemia é uma força da natureza, de origem mais poderosa que a capacidade humana de se defender, ainda que consigamos uma defesa parcial. Assim como uma tsunami, um terremoto ou acontecimentos ainda maiores como um choque com meteoritos, cuja evidências dizem sobre a extinção de grande parte da vida no planeta em outras eras, uma pandemia tem uma lógica imprevisível – e só por isso se torna uma ameaça existencial, um infausto.

E se o vírus passar por uma mutação e adquirir características ainda mais agressiva? E se o simples fato de tê-lo mesmo que assintomático não nós imunizar? E se a vacina ou terapias não forem encontradas? Existem diversas doenças sem cura, não é mesmo? E qual será o custo humano até circular por todo planeta? Não temos respostas para isso.

Portanto, estamos enfrentando uma situação colocada em um patamar acima da lógica da vida. Pelo menos, das nossas vidas, e com isso não sabemos lidar adequadamente, apesar de não ser a primeira vez que ocorre na história da civilização humana.

Buscar respostas nas ideologias é como buscar respostas nas religiões. Conforta, mas não resolve. Simplesmente, elas não respondem racionalmente, porque estes acontecimentos estão fora da dinâmica existencial e fora da lógica temporal, histórica e sociológica de nossa existência.

Acho muito ignorante a politização da doença, do vírus, de suas consequências, mas não posso dizer o mesmo sobre a politização do debate sobre as formas de enfrentar, sobre as políticas de governo para proteger a população ou não, e suas ações para resolver a questão central e suas consequências. Aí, sim, é legítimo o debate político, no campo social e econômico, na construção das saídas.

Por isso, é muito ruim quando os comerciantes defendem seu legítimo sentimento de abrir o comércio usando um discurso ideológico, baseado no negacionismo, ou na relativização do que se vê em outros países, e dos parâmetros científicos.

Quem perde com esta linha de defesa são os próprios comerciantes, que assustam a população ao demostrar os interesses financeiros acima da vida, inclusive de seus funcionários e clientes, também por não entenderem que a questão básica, mesmo depois de terminada a fase do distanciamento social, se chama confiança. Sem esta, sem segurança de não se contaminar, de pouco adianta a loja estar aberta. Ninguém terá coragem de brigar de esconde-esconde com um vírus de comportamento desconhecido e agressivo e medicação inexistente.

Um bom termômetro para saber a hora de abrir o comércio e medir a confiança das pessoas, um método bastante eficiente, seria perguntando aos pais: “Se as escolas abrissem hoje, você mandaria seus filhos as aulas?”.  Faça essa pergunta a você mesmo e veja o grau de confiança. E olhe que as crianças, teoricamente, ressalto, só “teoricamente”, não são do grupo de risco. Quando a resposta for sim, tá na hora de reabrir o comércio.

E as questões econômicas? Vejam como as outras nações estão resolvendo. É o estado. É pra isso que existem os estados: amparar, subsidiar, alimentar, isentar, oferecer, liberar, ajudar, minimizar, combater… Existem dezenas de verbos tipicamente estatais. É aí que está a política, é neste ambiente que cabe a opinião, a ideia, o protesto, a pressão…

Na pandemia, no vírus, na UTI, na terapia, nos procedimentos preventivos, não. A única autoridade aí é a ciência e ciência não se faz com palpites. Muito menos palpites ideológicos.

Gerson Marques é produtor de cacau e chocolate.