Discussão reuniu teóricos da educação, dirigentes petistas e o pré-candidato Geraldo Simões
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A construção do Programa de Governo para a Educação do município de Itabuna foi o tema debatido, neste final de semana, como parte do Programa de Governo Participativo (PGP) do Partido dos Trabalhadores. As discussões foram transmitidas pelo canal TV PT Itabuna, no YouTube, e reuniu os educadores Miguel Arroyo, Teresa Leitão e Paulo Gabriel, com participação do pré-candidato a prefeito pelo PT, Geraldo Simões.

Geraldo lembrou suas gestões, a contribuição de grandes educadores, como o próprio Miguel Arroyo, Esther Grossi e o patrono da Educação, Paulo Freire. Ele afirmou que considera essa reunião como a mais importante de todo o processo do PGP. “Na minha avaliação, a educação pública municipal é a maior responsabilidades dos governos, especialmente dos municípios”.

Miguel Arroyo já iniciou sua palestra propondo a politização da educação. “Nesse momento de negação, a politização é o caminho para garantir a realização do direito à educação, em um estado que nega os direitos aos seus cidadãos”.

Ele se disse preocupado com o que se passou a chamar de “novo normal”. “Lutamos pela educação como direito, em um estado que já não é de direitos, é do mercado, que já não garante o direito à vida a todos. O ‘novo normal’ será novo para todos? Ou os oprimidos seguirão com a anormalidade como regra? Os oprimidos sempre tiveram, nessa anormalidade, negados os direitos à vida, ao trabalho, à educação, à saúde, até à diversidade”.

Já a educadora Teresa Leitão afirmou que a experiência da busca ativa dos estudantes será fundamental no pós-pandemia, que vai demandar essa ação mais do que nunca. “Será muito importante. Haverá um grande abandono escolar, como consequência da pandemia. A busca ativa será fundamental”.

Em relação à qualidade na educação, ela alertou que “não é a qualidade técnica, nem a qualidade quantitativa ou mesmo a indicada no ranking e nos índices. Buscamos a qualidade social, que faz a inclusão de todos e todas, que acolhe, que não discrimina”.

Nessa linha, Arroyo também fez sugestão. “Sugiro que vocês, em seu plano de governo, destaquem o direito a todas as diversidades. Resgatem as memórias gloriosas que vocês têm na gestão da Educação em Itabuna, como a Escola Grapiúna, mas também busquem garantir o direito à educação para todos e todas”.

CIDADE EDUCADORA

Paulo Gabriel, ex-reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (URFB), lembrou que Itabuna tem todas as condições de se firmar em um polo educacional, uma Cidade Educadora. “Itabuna é uma referência na Educação, sempre que discutimos esse tema em todo o país”.

Ele citou diversos nomes de educadores locais, a exemplo das professoras Norma Vídero, Dinalva Melo e Adeum Sauer, para dizer que Itabuna tem todas as ferramentas e pessoas para reconstruir a Educação no município. “Temos tudo para fazer de Itabuna uma Cidade Educadora. Conte comigo nessa missão”. Participaram do evento, ainda, o presidente do PT, Jackson Moreira, e a coordenadora do PGP, Célia Watanabe, bem como os coordenadores setoriais Jorge Almeida e Valter Nascimento.

Uma resposta

  1. Para que o PT “discutir” a educação em Itabuna, se não ganharão as eleições?

    Eles deveriam buscar melhorar a educação na Bahia, que anda ocupando os últimos lugares, isso sim.
    Já estão a tanto tempo no governo do estado, e a educação pública baiana só piora.

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