Tempo de leitura: 2 minutos

Conselho Tutelar e Prefeitura de Itacaré estão promovendo campanha de orientação à comunidade para que denuncie abusos e exploração sexual de crianças e adolescentes. A campanha foi deflagrada nesta terça (18), Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. As denúncias podem ser feitas por meio do serviço Disque 100, que é gratuito e sigiloso.

A secretária municipal de Desenvolvimento Social, Juliana Novaes, explica que neste ano, por causa da pandemia do coronavírus, não será possível promover grandes eventos nem atos públicos de grandes proporções contra os abusos, mas a data será lembrada com palestras setorizadas nas comunidades, panfletagem e também nas redes sociais e veículos de comunicação para alertar sobre a importância e o papel de cada um na luta contra esses crimes. “A proposta desse dia é destacar a data para mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos sexuais de crianças e adolescentes”, explicou Juliana Novaes.

CICLO DE PALESTRAS

Como parte das atividades de luta e conscientização, a Prefeitura de Itacaré estará realizando hoje (18) um ciclo de palestras com a comunidade da Camboinha. Na quarta-feira (19) será a vez da panfletagem no distrito de Taboquinhas, destacando a importância de denunciar os abusos. Já a quinta-feira (20) será a vez da atividade de conscientização em Itacaré, com uma panfletagem na praça do Fórum.

Juliana Novaes explica que a violência sexual contra meninos e meninas ocorre tanto por meio do abuso intrafamiliar ou interpessoal como na exploração sexual. Crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, por estarem vulneráveis, podem se tornar mercadorias e assim serem utilizadas nas diversas formas de exploração sexual como: tráfico, pornografia, prostituição e exploração sexual no turismo. Daí a importância de todos denunciarem para evitar que esses crimes aconteçam ou fiquem impunes.

HISTÓRIA

O dia 18 de maio foi escolhido porque nessa data, em 1973, na cidade de Vitória, no Espírito Santo, um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Caso Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade, que teve todos os seus direitos humanos violados, foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta daquela cidade. O crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Uma ação conjunta das polícias Civil e Militar localizou, na noite desta segunda-feira (17), o líder de uma organização criminosa de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador. O traficante e homicida participou de, pelo menos, 10 homicídios em 2021, alguns deles com decapitações de rivais.

Após ações de inteligência do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoios do COPPM, Rondesps RMS e BTS, além da 10ªCIPM, o criminoso foi encontrado, na localidade de Barra do Gil, município de Vera Cruz.

As equipes chegaram até a Rua João das Botas e, na tentativa de capturar o traficante, houve confronto. O criminoso acabou ferido, foi socorrido para o Hospital Geral de Itaparica, mas não resistiu. Com ele foram apreendidos uma pistola calibre 9mm, carregador, munições, dois celulares, R$ 173 e uma porção de maconha.

Tempo de leitura: 3 minutos

Um estudo da organização não governamental (ONG) Plan International mostrou que 95% de meninas e jovens mulheres tiveram suas vidas afetadas de forma negativa pela pandemia de covid-19. Para as jovens, a educação foi a área mais atingida. O acesso limitado à tecnologia, o apoio insuficiente de escolas e faculdades e o espaço físico para estudar foram as principais dificuldades enfrentadas na educação em casa.

A pesquisa Vidas Interrompidas 2: em suas próprias vozes – O impacto da covid-19 na vida de meninas e jovens mulheres ouviu, nos meses de junho e julho de 2020, 7 mil mulheres de 15 a 24 anos sobre temas como educação, saúde e bem-estar, percepções sobre a vacina e o futuro.

O Brasil está entre os países que participaram do estudo, que também incluiu meninas da Austrália, do Egito, Equador, da Espanha, dos Estados Unidos, da Etiópia, França, de Gana, da Índia, de Moçambique, da Nicarágua, do Vietnã e de Zâmbia.

A solidão e as responsabilidades domésticas também interferiram na capacidade das meninas de acompanhar o ensino a distância enquanto as escolas e faculdades foram fechadas.

“O futuro das meninas e jovens mulheres está ameaçado no Brasil e no mundo. A pandemia aprofundou as desigualdades sociais, que já eram muito marcantes, e está está fazendo com que a gente dê vários passos para trás em conquistas importantes de direitos fundamentais para a igualdade de gênero e de oportunidades”, afirma Cynthia Betti, diretora executiva da Plan International Brasil.

Nas entrevistas, as jovens relataram dificuldades de concentração e foco ao estudar em casa. Elas também citaram a falta de dinheiro para planos de dados, telefones celulares e outros custos relacionados ao aprendizado online, além do fato de não ter ninguém para ajudar a explicar lições ou conceitos, como barreiras frequentes para aprender durante a pandemia.

“Na escola temos uma abordagem mais prática. Nas aulas online temos pouca oportunidade de tirar dúvidas, e os professores só dão a aula e não esclarecem nossas dúvidas. Minha casa está muito cheia e barulhenta. Não estou conseguindo acompanhar as aulas”, disse Bárbara, de 16 anos.

VIDAS INTERROMPIDAS

A primeira etapa da pesquisa Vidas Interrompidas, divulgada no ano passado, revelou que 19% das meninas em todo o mundo acreditam que a covid-19 as forçará a suspender temporariamente os estudos, enquanto 7% temem ter que abandonar a escola. No auge da primeira onda da pandemia, 1,5 bilhão de estudantes foram afetados pelo fechamento de escolas, que ocorreu em 194 países em quase toda a Europa, África, América Latina e Ásia.

“A covid-19 mudou profundamente nossas vidas no último ano. Mas seu impacto não é o mesmo para todas as pessoas, e a pandemia colocou em foco as desigualdades pré-existentes, seja entre ricos e pobres, jovens e idosos, homens e mulheres”, afirma Jacqui Gallinetti, diretora de Monitoramento, Avaliação, Pesquisa e Aprendizagem da Plan International.

BARREIRAS FINANCEIRAS

Para reduzir os impactos do cenário revelado pela pesquisa, a organização defende que os governos reúnam esforços para lidar com as barreiras financeiras impostas às meninas. Entre as medidas propostas na pesquisa estão o pagamento de vale-alimentação, merenda escolar e transferência de renda para incentivar as meninas a voltarem à escola, aliviando a carga sobre a renda familiar.Leia Mais