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O prefeito de Itajuípe e presidente da Amurc, Marcone Amaral, teve resultado positivo para a Covid-19, após a realização de um exame na tarde deste sábado (29). Isolado em casa, desde o aparecimento dos primeiros sintomas, há 3 dias, o gestor segue em acompanhamento médico.

Marcone tem feito uma reivindicação junto à União dos Municípios da Bahia
(UPB) e à Confederação Nacional dos Municípios (CNM) para que o Governo Federal priorize a vacinação aos prefeitos, porque, argumenta, o chefe do Executivo está no comando da linha de frente das ações de saúde de todos os municípios.

Para Marcone, é praticamente impossível não ter um contato muito grande com várias pessoas durante o dia. “É importante entender que, sem o prefeito a cidade não anda, e é necessário haver a imunização dos prefeitos já que é apenas uma vacina para cada cidade. E, dessa forma, proteger a maior autoridade municipal”, destacou.

Outro pleito defendido por Marcone junto às entidades municipalistas é que o Governo Federal atenda a necessidade urgente para a chegada de imunizantes nos municípios da Amurc.

Secretária Adélia Pinheiro conduziu lançamento do edital nesta sexta-feira (28)
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Nesta sexta feira (28), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) lançou o Edital Inventiva para investir em mulheres com ideias inovadoras, além de incentivar a produção científica e tecnológica na Bahia. O investimento é de mais de R$ 1,6 milhão, e as inscrições para a seleção dos projetos estarão abertas até 23 de julho.

O lançamento foi no Youtube da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), conduzido pela secretária Adélia Pinheiro, que convidou para dividir o espaço o diretor-geral da Fapesb, Marcio Costa; o diretor de Inovação da Fapesb, Handerson Leite; a secretária de Política para Mulheres do Estado da Bahia, Julieta Palmeira, e a CEO da Wakanda Educação Empreendedora, Karine Oliveira.

O edital é destinado somente para o público feminino. Segundo o diretor de Inovação da Fapesb, Handerson Leite, o ‘Inventiva’ é um edital inventivo por oferecer às mulheres recursos, inclusive financeiros, para que elas tirem a ideia da cabeça e coloquem no papel e finalmente executem com eficiência.

Mais informações sobre o processo de inscrição e o edital Inventiva podem ser encontradas no portal da Fapesb.

Segundo a Prefeitura, levantamento na internet obteve respostas de 3.437 participantes
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Neste momento da pandemia de Covid-19, 65,4% da população itabunense são contra a retomada das aulas presenciais nas redes pública e privada de ensino, conforme indica Consulta Pública feita nesta semana pela Secretaria de Educação de Itabuna. O dado leva em conta as respostas da população em geral, com a participação de 994 pessoas.

Gráfico ilustra dados da pesquisa com a população em geral, com respostas de 994 participantes || Fonte: Prefeitura de Itabuna

De acordo com a Prefeitura de Itabuna, no total, o levantamento coletou respostas de 3.437 participantes, divididos entre pais de alunos, profissionais da educação e gestores escolares e a população em geral.

A consulta apontou que 23,3% da comunidade em geral concordam que as aulas sejam ministradas no formato híbrido. Já no segmento dos professores que atuam nas escolas da Rede Pública Municipal, 86,6% reprovaram o retorno às aulas presenciais, e 89,8% deles disseram não se sentir seguros para ministrar aulas dessa forma.

Já entre os funcionários e gestores, tanto da rede pública como na rede particular, 74,5% dos que participaram são contra o retorno às salas de aula neste ano.

SECRETÁRIA DESTACA DEMOCRATIZAÇÃO DO DEBATE

Para secretária, consulta democratiza processo decisório do governo municipal sobre retomada das aulas

Conforme a secretária de Educação Janaína Araújo, a ideia de realizar a Consulta Pública levou em conta a necessidade de democratizar uma decisão a ser tomada pela gestão municipal, considerando os diversos segmentos envolvidos no setor da educação, bem como o contexto atual da pandemia da Covid-19.

A gestora acrescentou que, no processo decisório, além do resultado da pesquisa, serão considerados os decretos e protocolos de segurança sanitária emitidos pela Organização Municipal da Saúde (OMS), Ministério da Educação e as esferas de governo – estadual e municipal.

“Os dados serão devidamente analisados conforme as diversas peculiaridades, visto que o cruzamento de informações por segmento permitirá a elaboração de um plano conjunto de ações visando o bem de todos os envolvidos, a garantia do direito à educação e, principalmente, o maior de todos os objetivos que é garantir a vida”, explicou Janaína Araújo.

A Consulta Pública foi coordenada pelo Núcleo de Tecnologia Municipal (NTM) e feita com o preenchimento de formulários de pesquisa eletrônica, no período de 24 a 27 de maio.

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O Estado da Bahia  é signatário de uma ação conjunta com outros 16 estados, que foi protocolada nesta sexta-feira (28), no Supremo Tribunal Federal (STF), para suspender as convocações dos seus respectivos governadores pelos membros da CPI da Covid.

De acordo com o governo baiano, o objetivo da iniciativa conjunta é obter definição jurídica do STF, inclusive porque vários governadores, entre eles o da Bahia, não foram convocados pela CPI.

Segundo a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), a finalidade é “buscar impedir que o Poder Legislativo federal convoque chefes do Poder Executivo estaduais para depor em CPIs, haja vista que tal medida viola inegavelmente o pacto federativo e o princípio da separação dos poderes. Assim, a pertinência temática revela-se evidente, já que a convocação de governadores pelo legislativo federal repercute na esfera de interesses dos Estados-Membros, na medida em que vulnera a autonomia dos entes federados”.

GOVERNADORES E PRESIDENTE

Vice-presidente da comissão, o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) alertou os outros membros do colegiado, na última quarta-feira (26), sobre a inconstitucionalidade da convocação dos governadores, destacando que, diante da CPI, eles gozam das mesmas prerrogativas do presidente da República.

Ou seja, para Randolfe, a convocação dos governadores pela CPI é ilegal e, se for mantida pelo Supremo, abrirá precedente para que a comissão também intime o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a depor no Senado.

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Marão não contava conversa e, com a mesma disposição que organizava e participava das caminhadas de Serra e Souto, não dispensava os “arrastões” de Dilma e Wagner que tinha a participação de Ângela Sousa.

 

Walmir Rosário

Campanha política de 2010 para eleger presidente, senadores, deputados federais e estaduais e governador. Em Ilhéus, a base aliada de Dilma Rousseff e Jaques Wagner transbordava de adesões, mas como política é uma arte que requer muita astúcia, algumas lideranças, para garantir prestígio, seja qual for o resultado das urnas, dão uma no cravo e outra na ferradura.

Bastante precavida, a deputada estadual ngela Sousa formou dobradinha com alguns deputados federais – alternando as cidades –, sendo que em Ilhéus o acordo foi fechado com o deputado federal Geraldo Simões e, apesar do seu partido pertencer à coligação que tinha como candidato a governador Geddel Vieira Lima, fez campanha para Dilma e Jaques Wagner.

Já o vice-prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, filiado ao PSDB, “armou seu barraco” na campanha de José Serra e Paulo Souto, pulando a cerca – por motivo justo – quando se tratava dos votos que teria que dar à mãe, Ângela Sousa, e a Geraldo Simões, além dos candidatos a senadores Lídice da Mata e Walter Pinheiro. Tudo era permitido legalmente, embora não recomendado pela ética.

Mesmo com os candidatos diferenciados, o vice-prefeito Marão não contava conversa e, com a mesma disposição que organizava e participava das caminhadas de Serra e Souto, não dispensava os “arrastões” de Dilma e Wagner que tinha a participação de Ângela Sousa. Para ele, o principal era mostrar serviço e ficar bem com todas as coligações, num sinal de esperteza eleitoral.

Médico dos mais conhecidos e conceituados, Mário Alexandre, pela disposição que sempre apresentava, entusiasmava tanto os participantes das caminhadas quanto os moradores ou transeuntes, tratando todos pelos nomes. Pródigo nos abraços, perguntava pela família e pedia o voto para a coligação de sua mãe, a deputada Ângela Sousa, e depois para os candidatos da coligação tucana.

E com essa profusão de coligações, em que adversários políticos e coligados se misturam, o barco navegou bem durante toda a campanha eleitoral, fazendo com que todos se juntassem na hora de trabalhar a população de determinado bairro. Uma turma descobria a tendência eleitoral dos moradores de determinadas casas, que eram visitadas primeiro pelos cabos eleitorais ligados aos candidatos daquela família.

E foi uma tática que deu certo. Na reta final da campanha, numa dessas caminhadas realizada no bairro do Pontal, tudo corria tranquilamente e a adesão dos moradores era praticamente total, para delírio das lideranças. Foi aí, então, que aconteceu um fato inesperado, digno da esperteza política e que mereceria uma rigorosa apuração dos fatos praticados por uma das coligações.

Numa das turmas, o vereador petista licenciado e secretário da Indústria, Comércio e Planejamento Municipal, Alisson Mendonça, após ter se refrescado do sol quente com alguns goles de cerveja, sente vontade de ir ao banheiro e, passando em frente à casa de um amigo, pede licença para satisfazer suas necessidades fisiológicas. Ao sair, se depara com uma paisagem totalmente diferente da que deixou. Todas as propagandas da coligação petista, coladas anteriormente estavam cobertas pelos cartazes dos candidatos da coligação PSDB-DEM.

Atônito, Alisson, que tinha ficado pra trás, ligou ao celular para um “companheiro” que ia à frente comandando a colagem das propagandas da coligação petista para se inteirar da rápida mudança ocorrida:

– Nosso pessoal não está fazendo a “colagem”? – perguntou.

– Você está gozando de minha cara, claro que sim, qual é o problema – retrucou.

Foi aí que a turma que ia à frente parou de caminhar e Alisson, que ia atrás, se encontraram e presenciaram a turma da campanha de José Serra e Paulo Souto, coordenados por Mário Alexandre, colando os cartazes de sua coligação, justamente em cima dos cartazes da coligação petista. Se entreolharam encabulados como sinal de que estariam se entendendo bem e nada mais foi dito, apenas os sorrisos amarelos.

A partir do dia seguinte, não mais foi visto o vice-prefeito Marão na caminhada da coligação petista. Os cuidados foram redobrados, com uma turma à frente colando os cartazes e uma turma tomando conta da retaguarda.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.