Da Redação
É de prata a primeira medalha conquistada pelo Brasil nas Olímpiadas de Tóquio 2020. Na madrugada deste domingo (25.jul.21), Kelvin Hoefler faturou a prata no skate street, com 36,15 pontos, superado apenas pelo dono do ouro, o japonês Yuto Horigome (37,18 pontos).
A conquista foi histórica por dois motivos. Além de ser a primeira medalha do Brasil em solo japonês nestes jogos, marca a estreia do skate nas Olimpíadas.
Emocionado, Kelvin disse em entrevista à Sportv que a conquista representava muitos anos de luta. “Isso daqui representa o skate brasileiro, nossa garra, nossa persistência. Isso [a medalha] não é só minha, não. É o skate do Brasil. É o começo de uma geração que está aí por vir”, afirmou ao repórter Kiko Menezes.
O atleta lembrou, ainda, as dificuldades do início e o estímulo do pai, um policial militar que o levava todos os finais de semana pistas de skate. “Era difícil conciliar tudo isso”, narrou, ainda acrescentando as resistências da mãe.
Ao repórter da Rede Globo, o skatista citou lesões no ombro e numa das costelas a poucos dias da prova. “Tava triste, cabisbaixo. [Mas] Lembrei de onde vim, toda luta… Eu sempre fui assim. Nunca fui o favorito, nunca vou ser. Prefiro ser assim, pois sempre mantenho o pé no chão. Humildade sempre”, disse ele, que revelou o contato com a esposa, Ana Paula Negrão, a cada nota obtida na final e do apoio da também skatista Pâmela Rosa como técnica. E, encerrando, não deixou de lembrar que se espera show na pista. “A gente quer ver show. E aconteceu”, exultou.
Teve show.
E teve medalha!
(Atualizado às 2h47min)