A estátua do bandeirante Borba Gato ardendo no fogo da justiça histórica
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Queimamos por justiça, cumprindo a missão civilizatória de extirpar da face da Terra, com o fogo sagrado, os ídolos do mal.

Thiago Dias

No arranjo discursivo da nossa moralidade política, a piromania não precisa de autoindulgência para se legitimar. Queimamos por justiça, cumprindo a missão civilizatória de extirpar da face da Terra, com o fogo sagrado, os ídolos do mal.

No calor da tarefa, não cogitamos pleitear, por meios democráticos, a remoção da estátua do bandeirante Borba Gato para um museu, instituição que também nos acostumamos a queimar.

Afinal, a expressão da nossa iconoclastia não cabe nos instrumentos da superestrutura burguesa – ela requer atitude!

O fogo no galpão da Cinemateca é diferente do nosso. Tem um quê de projeto político de destruição da cultura inimiga. Nem de longe lembra o fulgor revolucionário das nossas chamas.

A história nos autoriza a queimar, somos piromaníacos das causas justas.

Thiago Dias é repórter e comentarista do PIMENTA.

Uma resposta

  1. Não existe opressão pior que aquela praticada pelo contra o povo pelo poder corrompido dos nossos governantes amparados pelas parcerias do Congresso e Judiciário.

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