Na manhã de 21 de novembro, um domingo ensolarado, manifestantes protestaram em defesa da realização do Carnaval 2022. O local escolhido não poderia ser mais icônico: o Farol da Barra, em Salvador. Faixa pendurada em um dos trios elétricos trazia o mote do protesto: “Carnaval responsável”. Hoje (29), nove dias após a manifestação, a maior festa do mundo parece fora do radar das autoridades políticas do estado e da capital baiana.
O aparecimento da ômicron, nova variante da covid-19 identificada na Europa e na África, levou o prefeito Bruno Reis (DEM) a cancelar a festa de Réveillon de Salvador. Anunciou a decisão nesta segunda-feira (29), em uma rede social. “Sei da importância do evento para a economia da nossa cidade, mas seguimos colocando a vida das pessoas em primeiro lugar”, escreveu o mandatário.
Sobre o Carnaval, Bruno explicou que a viabilidade do evento será discutida com o governo estadual. O governador Rui Costa (PT) tem dito que, neste momento, não há condições objetivas para a tomada de decisão sobre a festa.
Rui dá sinais de não acreditar que seja possível realizar o Carnaval sem que isso implique em risco de aumento substancial das contaminações, o que poderia criar um ambiente favorável ao surgimento de novas variantes da covid-19.