Projeto Cabruca no sul da Bahia consegue doação de 5,3 milhões de dólares
Tempo de leitura: 2 minutos

O Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, em inglês) aprovou o projeto Conservação da Mata Atlântica por meio do manejo sustentável das paisagens agroflorestais do cacau, da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). Com isso, receberá doação de US$ 5,3 milhões para cacauicultura. O projeto foi elaborado em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

De acordo com o diretor da Ceplac, Waldeck Araújo, o projeto pioneiro tem capacidade para acelerar a transformação e a modernização da cacauicultura no sistema cabruca, garantindo a preservação e a conservação ambiental. “Ao tempo que propiciará assistência técnica gerencial e a construção de um novo modelo de desenvolvimento para a região, usando as tecnologias disponíveis, como materiais resistentes a pragas, técnicas de manejo e fermentação”, destaca.

O diretor da Ceplac afirma que parte dos recursos será destinada para apoiar iniciativas de remuneração por serviços ambientais. “Todas essas ações são formas pelas quais a sociedade, em suas mais variadas representações, poderá trabalhar em conjunto com o Estado nas diversas esferas para o desenvolvimento regional sustentável”, completa.

3 MIL PEQUENOS AGRICULTORES BENEFICIADOS

A estimativa é que o projeto beneficie 3 mil agricultores familiares do sul da Bahia que produzem cacau sob o sistema cabruca, que é um modo de cultivo agroflorestal onde árvores nativas fazem sombra aos cacaueiros. De acordo com a Ceplac, 74% dos 93.000 produtores que cultivam cacau em quase 600 mil hectares no Brasil pertencem à categoria da agricultura familiar.

O representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, destacou que alinhar a conservação da biodiversidade com paisagens produtivas é uma das abordagens mais eficazes em prol da manutenção dos serviços ecossistêmicos e desenvolvimento social das populações rurais.

“Para a FAO, esse projeto é extremamente importante, não só pelo seu aspecto social, mas por possibilitar a expansão e recuperação de áreas degradadas, aumento da conectividade ecológica apoiada em mecanismos financeiros e por meio da geração de renda, o que permitirá que os resultados do projeto sejam sustentáveis ao longo dos anos”, disse Zavala.

3 respostas

  1. Quero a transparência na aplicação deste fundo! Pois a Ceplac, não faz extensão, e existem ultimamente poucas instituições sérias que tem competência para tal!
    Um edital para habilitação destas instituições, se faz necessário, pois oportuniza, a todos a participação!

  2. Parabéns!! Isso realmente ira alavancar, o cultivo do cacau na região do Silvia Bahia . Gerando renda e conservação ambiental . Muito bom

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *