Queda das exportações reflete desaceleração da economia global, conforme a SEI
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O volume de exportações da Bahia recuou 35,8% em janeiro de 2023, na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan). Em números absolutos, as exportações do estado fecharam o primeiro mês do ano em US$ 603,4 milhões.

A queda reflete o cenário de desaceleração da economia global, conforme a SEI, mesmo com alguns sinais de reversão de perspectivas mais negativas. O menor desempenho também é resultado da parada para manutenção programada da Refinaria de Mataripe no final do ano passado e da queda dos volumes embarcados e a estabilidade dos preços da soja no mês, o que se deve tanto à entressafra, como à desvalorização do dólar e à redução da demanda externa, que também aguarda a evolução da colheita para fazer novas aquisições, por valores mais atrativos.

As importações somaram US$ 978,1 milhões e também tiveram queda de 36,1% em relação a igual mês do ano passado. Embora seja esperada queda no comércio exterior este ano, em relação a 2022, na avaliação da SEI, ainda é cedo para se dizer que o recuo tanto de exportações como de importações em janeiro já seja uma nova tendência.

AUMENTO DOS PREÇOS

Os preços médios dos produtos embarcados em janeiro subiram 0,5% em relação a igual período do ano passado. Nas importações, a variação foi mais alta, de 6%, na mesma comparação. Houve comportamento semelhante nos volumes, com queda de 36,1% das exportações e recuo de 39,7% nas importações.

No recorte por atividade econômica, houve avanço nas exportações da indústria extrativa (+58,4%), especialmente nos embarques de minério de níquel. Por outro lado, houve redução nos setores de maior peso na pauta: a indústria de transformação recuou (- 51,9%) e a agropecuária (-35,4%).

Já em relação às importações, houve aumento nas compras de bens intermediários (+6%) e bens de consumo (+40,3%); mas queda nas compras de combustíveis (-67,1%) e bens de capital (-12,7%).

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