Biofábrica e Bahiagás executam projeto que beneficia comunidade no sul da Bahia
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O plantio de 7 mil mudas nativas da mata atlântica concluiu a fase de implantação do Projeto Replantar, resultado de convênio da Bahiagás com o Instituto Biofábrica. As mudas foram plantadas na área da Aldeia Igalha, do povo Tupinambá de Olivença. A ação englobou, ainda, a construção de viveiro telado para multiplicação de mudas.

Segundo os gestores, o projeto agora avança para a fase de Educação Ambiental, com a participação da comunidade Tupinambá, estudantes e ONGs ligadas à proteção dos povos indígenas regionais. As mudas foram plantadas estrategicamente às margens do rio Tororomba para garantir a recomposição da mata ciliar com árvores nativas da Mata Atlântica, a maioria ameaçada de extinção.

Com capacidade de produzir 7 mil mudas em sacola, o viveiro foi instalado sob a supervisão dos técnicos da Biofábrica e suporte de moradores da comunidade. O equipamento é parte da estratégia de sustentabilidade do projeto, que prevê a coleta de sementes e a multiplicação de mudas das essências florestais e frutíferas para a recomposição de toda a floresta da área da terra indígena.

Mudas são plantadas às margens de rio em Ilhéus
De acordo com o diretor-presidente da Biofábrica, Valdemir dos Santos, a implantação do viveiro se deu com limpeza e nivelamento do terreno, construção da estrutura metálica e sistema de irrigação, que envolveu a construção de base para reservatório de água, instalação de tanque, instalação de sistema de captação e aquisição de bomba. “A ideia é que a comunidade Tupinambá tenha autonomia para a produção das mudas a partir do fim do projeto.

No último dia 7 de março, a engenheira ambiental da BahiaGás, Isabela Brito, que fiscaliza o contrato junto à Biofábrica, esteve na Aldeia Igalha, e viu os avanços do convênio. Como sugestão, apresentou a possibilidade de estender as atividades educativas para um público maior, alcançando ONGs que já trabalham com a questão indígena na região, o que será adotado pela equipe da Biofábrica.

Outra estratégia empregada até aqui é a utilização de mão de obra da própria comunidade indígena, para o plantio, a construção das estruturas de multiplicação de mudas – viveiro e sistema de irrigação – e a coleta de sementes. Junto a isso, a Educação Ambiental será a outra vertente do pós-projeto, com a atuação dos multiplicadores formados nas oficinas que se iniciam nos próximos dias.

“Atendemos, assim, às vertentes ambiental, econômica, educativa e social do processo de sustentabilidade desse convênio, legando para a comunidade não apenas o compromisso de dar sequência, mas garantindo as condições práticas e operacionais para que possam realizar o pós-projeto, incorporando as tecnologias e recomendações repassadas pela equipe da Biofábrica”, observa o diretor-presidente Valdemir dos Santos.

Já foram plantadas as 7 mil mudas, contratadas no convênio, entre elas milhares de Ipê, Mutamba, Pau Pombo, Saranduba, entre outras espécies da Mata Atlântica e da flora brasileira.

CONVÊNIO

O convênio da BahiaGás com a Biofábrica, do qual é beneficiária direta a população indígena da Aldeia Igalha, prevê o fornecimento de 7 mil mudas, além de transferência de tecnologia para reprodução desses materiais pelos próprios indígenas. Isso será possível a partir da construção de viveiros, com objetivo de criar um banco genético para suprir as demandas da TI, bem como de outras áreas em que as matas estejam sob pressão.

O convênio prevê ações ambientais em 6,5 hectares, que serão restaurados, reabilitados ou plantados com 7 mil mudas de essências florestais e variedades frutíferas, a exemplo de cacau, goiaba, açaí, graviola entre outras. Serão beneficiadas 150 famílias.

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