Romualdo Lisboa fala sobre o espetáculo Borépeteĩ || Fotos TPI
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O Teatro Popular de Ilhéus (TPI), que completa 28 anos de história em 2023, celebra o aniversário com a estreia de seu novo espetáculo, Borépeteĩ, uma ode aos saberes dos povos originários. Segundo o grupo, a palavra de origem tupinambá pode ser traduzida como o Uno, o que tudo contém e em tudo está contido.

Para o dramaturgo Romualdo Lisboa, a nova obra segue o legado de Équio Reis, com quem fundou o TPI, de um teatro que fala aos seus e para o mundo a partir de sua aldeia. “A montagem busca nos reconectar aos povos originários e seus ancestrais que aqui estavam quando os europeus invadiram e tomaram de assalto o território sagrado de humanos e não humanos, de encantados, suas formas e sons”, acrescenta Romualdo, que é autor da peça e divide a direção com Luís Alonso-Aude.

ESTREIA

Borépeteĩ estreia neste sábado (27), às 18h, em Olivença

A estreia de Borépeteĩ será neste sábado (27), às 18h, no estacionamento do Balneário Tororomba, em Olivença, aberta ao público. A escolha do local é uma retribuição do grupo ao Povo Tupinambá de Olivença, que luta pela demarcação de seu território nos limites dos municípios de Ilhéus, Una e Buerarema e contribuiu com a pesquisa e em outras frentes do espetáculo.

As próximas exibições serão na Universidade Estadual de Santa Cruz, nos dias 29 de maio e 5, 12 e 19 de junho, sempre às 18h, também com entrada franca. Além disso, o TPI agenda apresentações para grupos, escolas ou universidades. O agendamento deve ser feito via e-mail (ascomtpi@gmail.com).

EQUIPE

O espetáculo Borépeteĩ traz no elenco Tânia Barbosa, Márcia Mascarenhas, Aldenor Garcia, Pablo Lisboa e Antônio Vicente; Ely Izidro como técnico atuador; e participações em vídeos e áudios de Katu Tupinambá, Cacique Ramon, Nádia Akauã, Pytuna, Îagwara e Casé Angatu.

A direção musical e as composições são de Pablo Lisboa; edição e montagem de vídeos de Carlos Ortlad; direção de movimento de Luis Alonso-Aude; preparação vocal do maestro Antônio Melo; e figurinos, adereços, cenário e dispositivos cênicos de Shicó do Mamulengo.

A obra é fruto de parceria do Teatro Popular de Ilhéus com o Observatório Astronômico e o Núcleo de Artes da Uesc e tem coprodução da Celeiro Cultural e Praça Produções Culturais.

Enquanto constrói sua sede no Pontal (relembre), o TPI ocupa espaço cedido pela Uesc. A instituição cultural privada é parcialmente mantida pelo programa de Ações Continuadas de Instituições Culturais, da Secretaria Estadual de Cultura, com recursos do Fundo de Cultura da Bahia e do Governo do Estado.

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