Bernadete Souza e Davidson Brito apontam caminhos do PSOL nas maiores cidades sul-baianas
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As plenárias municipais do PSOL encaminharam a escolha das lideranças para os diretórios de todo o País. A partir de outubro, Davidson Brito assume a presidência do partido em Itabuna. Já em Ilhéus, o grupo de Bernadete Souza foi o mais votado na eleição interna, mas ainda precisa consolidar maioria absoluta para comandar a sigla. Ao PIMENTA, ambos levantaram a bandeira da unidade à esquerda nas duas maiores cidades do sul da Bahia.

“Um dos objetivos principais é fazer um diálogo com os partidos e consolidar uma frente de esquerda em Ilhéus”,  afirma Bernadete. É possível, segundo ela, dialogar e construir unidade preservando a autonomia do PSOL. “Se não houver esse diálogo, a gente pode lançar uma candidatura própria, mas isso é um processo de construção”, acrescenta. No último pleito municipal, em 2020, a ialorixá e liderança camponesa foi candidata a prefeita e recebeu 2.453 votos (2,84%).

PSOL e Rede Sustentabilidade formam uma federação, ou seja, terão que disputar as eleições para o Legislativo juntos. Esse diálogo ainda será iniciado, diz Bernadete. “O desafio é organizar uma chapa proporcional competitiva para eleger vereadoras e vereadores”.

Outra meta do PSOL é ampliar sua representatividade social. “Um partido com a cara popular para trazer as mulheres e a população em geral para a política”, aponta a liderança.

Nas plenárias, os militantes socialistas homenagearam a memória do servidor federal aposentado Jorge Luiz, que faleceu na madrugada de 9 de maio de 2023. Ex-presidente municipal da legenda, ele foi candidato a prefeito de Ilhéus em 2012 e 2016.

QUE ESQUERDA?

Davidson Brito considera expressivo o resultado da eleição do PSOL em Itabuna. Segundo ele, foi a maior vitória de um agrupamento interno do partido na cidade. Sobre as eleições de 2024, ressalva que não pode falar, nesse momento, pelo conjunto partidário. No entanto, comentou as possibilidades.

“Acreditamos que existem dois caminhos a serem perseguidos pelo PSOL no município. O primeiro é a reconstrução da unidade em torno de uma candidatura de esquerda”, apontou.

Ele caracterizou o que seria um programa de esquerda para Itabuna. Na avaliação do vice-coordenador do Movimento Negro Unificado (MNU), é necessário construir uma cidade da periferia para o Centro. “O que significa isso? Primeiro, entender que a maioria da população vive nas periferias, onde os postos de saúde têm péssima estrutura e falta medicamentos, onde os muros e tetos das escolas caem, falta saneamento básico, falta de infraestrutura nos bairros”.

O programa de esquerda, conforme Davidson, deve questionar a serviço de quais interesses as ações do município são mobilizadas em áreas como saúde, educação e cultura. Para ele, em última instância, trata-se de um “projeto capaz de intervir na realidade e diminuir as desigualdades sociais”.

Caso a unidade não seja alcançada, o segundo caminho para o PSOL em Itabuna será o da candidatura própria ao Centro Administrativo Fermino Alves, conclui Davidson Brito.

Atualizado às 19h54min para correção de informação. Ao contrário do informado por Bernardete Souza, a sua eleição ainda depende de composições e um segundo turno no partido por não ter obtido maioria em votação no último final de semana, como explica Danilo Moura, da Executiva Estadual do PSOL.

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