Representantes de quatro estados debatem ameaça da monilíase para o cacau
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A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), reúne, na segunda-feira (16), autoridades de outros três estados brasileiros, além de representantes da cadeia produtiva do cacau, para avaliar os riscos que a possível chegada da monilíase do cacaueiro representa para essa cultura e apontar soluções. O evento será na Governadoria, em Salvador, a partir das 9h.

O encontro contará com a participação de secretários de estado da agricultura do Pará, Espírito Santo e Rondônia. Junto com a Bahia, esses estados representam aproximadamente 98% da produção nacional de amêndoas de cacau. Eles geram uma receita anual que supera os R$ 23 bilhões e movimenta vários nichos de mercado.

A monilíase, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), é uma doença que ataca os frutos do cacaueiro e do cupuaçuzeiro em qualquer fase de desenvolvimento A doença pode causar perdas de até 100% da produção. Causada pelo fungo Moniliophthora Roreri, ela está presente em todos os países produtores de cacau da América Latina, exceto no Brasil.

DESTRÓI LAVOURAS

Uma das características da monilíase é a agressividade com que destrói as lavouras. “Daí, a importância de discutirmos, desde já, o que os órgãos públicos e toda a cadeia do cacau podem fazer para manter o território brasileiro longe da doença, assim como, em caso de chegada dela, como podemos amenizar seus efeitos sobre a produção”, explica o secretário da Agricultura da Bahia, Wallison Tum.

O grupo de trabalho pretende enviar uma carta ao Ministério da Agricultura indicando medidas que podem ser tomadas para impedir o avanço da doença ou amenizar seus riscos. Também deve ser assinado um termo de cooperação técnica para alinhar as ações de prevenção entre os estados produtores de cacau.

Maria Bárbara Conceição é morta por cachorros de raça em Camamu
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Uma mulher foi encurralada e morta, nesta sexta-feira (13), por três cachorros de raça, na comunidade de Ilha Grande, em Camamu, no baixo sul da Bahia. Maria Bárbara Conceição de Jesus, de 42 anos, foi atacada pelos animais da raça rottweiler quando andava com o companheiro. Ela sofreu ferimentos em várias partes do corpo. O homem não teria sido atacado.

Maria Bárbara ainda foi levada, numa embarcação particular, para a cidade de Camamu, onde uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-192) prestou os primeiros socorros a levou para um hospital, mas ela não resistiu aos ferimentos.

Familiares de Maria Bárbara dizem que a cerca do imóvel onde os cães ficam é frágil para o porte dos animais. Moradores informaram que os cachorros fogem com frequência e já chegaram a atacar outras pessoas. Os caseiros prestaram depoimento à Polícia Civil. A vítima deixa quatro filhos.

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A Secretaria de Educação de Itabuna abriu inscrições para a Seleção Pública para os cargos de diretor e vice-diretor das escolas da Rede Municipal de Ensino. Podem se candidatar servidores efetivos do Magistério Público do município, com formação mínima em Pedagogia ou pós-graduação em Gestão Escolar.

As inscrições podem ser feitas até a próxima terça-feira (17), na sede da Secretaria de Educação. Junto com a ficha de inscrição preenchida, o candidato deverá entregar cópias de documento de identificação com foto, CPF e comprovante de residência, além de diploma de licenciatura em Pedagogia ou em nível de pós-graduação.

Outro requisito para participar da seleção é ter, pelo menos, três anos de exercício efetivo do cargo de professor da Rede Municipal de Ensino. A experiência deve ser atestada por declaração da diretoria da escola onde o profissional trabalha.

Segundo o diretor-financeiro da Secretaria de Educação, Fábio Melo, a prova escrita será aplicada em novembro, no Instituto Municipal de Educação Aziz Maron. A data ainda será divulgada pela empresa encarregada da organização do processo seletivo.

Bahia tem 16 cidades autorizadas a receber novos cursos de Medicina || Foto ABr.
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Na Bahia, 16 municípios estão autorizados a receber novos cursos de Medicina de instituições privadas de ensino, conforme lista definida pelos Ministérios da Educação e da Saúde. Ao todo, o Governo Federal permitiu a abertura de 5.700 vagas, distribuídas em até 95 cursos. Itabuna e Ilhéus estão entre as cidades contempladas.

A Bahia foi o estado com mais vagas autorizadas, são 900 no total. A lista de municípios baianos também inclui Brumado, Camaçari, Cruz das Almas, Feira de Santana, Guanambi, Irecê, Itaberaba, Jequié, Ribeira do Pombal, Santa Maria da Vitória, Santo Antônio de Jesus, Seabra, Senhor do Bonfim e Teixeira de Freitas.

O Governo estabeleceu critérios para a definição das cidades. Eles levam em conta as necessidades de mais profissionais de saúde e a estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) de cada região. Os municípios selecionados têm média inferior a 2,5 médicos por mil habitantes; possuem hospital com, pelo menos, 80 leitos; e não são impactados pelo plano de expansão de cursos de Medicina nas Universidade Federais.

FIM DE PROIBIÇÃO

O então presidente Michel Temer (MDB) baixou, em 2018, portaria que proibiu a abertura de novos cursos de Medicina no Brasil por cinco anos. Esse veto caiu no dia 5 de outubro deste ano. Nesse período, apesar da proibição, faculdades conseguiram abrir novas vagas com o respaldo de decisões judiciais.

Nocha em foto do jornalista Walmir Rosário
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Por muitos anos continuou a jogar os babas, sempre com a mesma categoria e virilidade de antigamente. Hoje critica o futebol jogado pra trás, sem arte, que não empolga os torcedores e nem produz grandes resultados.

 

Walmir Rosário

A célebre frase cunhada pelo zagueiro Moisés, em 1982, “zagueiro que se preza não pode ganhar o Belfort Duarte, aí perde o moral”, por certo não se aplicaria ao lateral direito itajuipense Nocha. Ele sabia como ninguém desarmar o adversário jogando o bom futebol, porém sabia ser viril quando a jogada merecia, muitas das vezes sem cometer falta, embora em alguns casos tivesse que parar o contrário com a energia necessária.

Nocha, que também atende por José Raimundo Freitas, do alto dos seus quase 81 anos, admite que sempre usou da habilidade e força necessárias para ganhar uma jogada nos clubes em que atuou, desde sua infância nos clubes de Itajuípe, até pendurar as chuteiras. E faz questão de ressaltar que nunca foi desleal com o adversário, pois sabia jogar futebol e não precisava recorrer à violência.

E foi justamente pela sua conduta em campo, destacando-se pelo futebol sério que jogava que foi descoberto pelos diretores do Bahia de Itajuípe, ainda menino, e levado para o time sensação do Sul da Bahia no final da década de 1950. E no Bahia de Itajuípe tanto fazia jogar no primeiro ou segundo quadro para ser reconhecido como um craque do futebol e cobiçado pelos clubes de Ilhéus, Itabuna e Salvador.

Seleção de Itabuna – Nocha, o penúltimo em pé, à direita || Arquivo Walmir Rosário

Na pujança do cacau, os cartolas do Bahia de Itajuípe – mesmo amador – iriam buscar um jogador que se destacava em qualquer cidade próxima, mantendo um verdadeiro “esquadrão de aço”. E como relembra Nocha, eles participavam da melhor vitrine do futebol do Sul da Bahia, recebiam constantes convites de outros clubes, na maioria das vezes bastante tentadores.

Ainda jovens, o que queriam eram jogar bola. E bem. Atrair a atenção dos amantes do bom futebol e ganhar presentes, fossem em dinheiro ou outros bens materiais como era praxe nos clubes amadores dirigidos por pessoas de grandes posses. Vencer uma partida era “bicho” garantido, um campeonato, então, o “carvão” caia direto. E na assinatura e renovação de contrato era só felicidade.

E assim Nocha recebe uma proposta tentadora do Janízaros, de Itabuna, e deixa o Bahia de Itajuípe. Com ele também mudam outros craques itajuipenses. No novo clube era uma garantia jogar na Seleção de Itabuna, que chegou ao Hexacampeonato ao vencer o Campeonato Intermunicipal Baiano por seis vezes seguidas. E Nocha era um desses craques vencedores.

Após vencer alguns campeonatos no Janízaros se transfere para o Flamengo de Itabuna, no qual também se torna vencedor de campeonatos. E Nocha nem se preocupa com a mudança de time, pois também jogava ao lado da “nata” do futebol itabunense, colegas na brilhante seleção de Itabuna. E era grande a rivalidade nesses clubes no campeonato de Itabuna, em que Janízaros, Flamengo e Fluminense se revezavam nos títulos.

E a rivalidade não era apenas nas torcidas. Dentro de campo, os colegas da seleção eram adversários e o lateral-direito Nocha tinha a obrigação de marcar o maior ponta-esquerda que se teve notícia em Itabuna, na Bahia e quiçá no Brasil, Fernando Riela. Mas essa contenda não abalava Nocha, que marcava seu oponente jogando o bom futebol. E a renhida disputa era equilibrada, com vantagens alternadas a cada jogo.

As décadas de 1950 e 60 foram notabilizadas pelo bom futebol, jogado por craques que prezavam a camisa que vestiam, principalmente na Seleção de Itabuna. E não era pra menos, a cada ano acumulava mais um título, vencido com galhardia, contra bons adversários, a exemplo de Ilhéus, Feira de Santana, Alagoinhas, Belmonte, Santo Amaro, São Félix, Jequié, dentre outros.

Merecem destaque a eterna rivalidade entre Ilhéus e Itabuna, duas das maiores seleções. E Itabuna sempre levou a melhor, desclassificando o selecionado ilheense, um timaço, como lembra Nocha, que faz questão de ressaltar nunca ter perdido uma partida para a seleção praiana. Outro destaque lembrado por Nocha foram as partidas contra os grandes times do Rio de Janeiro, em que jogavam de igual para igual. Sem medo.

Em 1967, com a fundação do Itabuna Esporte Clube, Nocha se profissionaliza e participa da primeira equipe que jogou o Campeonato Baiano de Profissionais, junto com outros colegas da Seleção de Itabuna. Quando sentiu que era chegada a hora de parar de jogar o futebol profissional, ainda no auge, deixa o Itabuna Esporte Clube. Poderia ter jogado mais um ou dois anos, mas preferiu sair por cima, deixando boa lembrança na memória dos torcedores.

Mas Nocha não abandonou o futebol e passou a atuar nos times amadores de Itajuípe, notadamente o Grêmio e o Santa Cruz, pelos quais disputou mais partidas. E por muitos anos continuou a jogar os babas, sempre com a mesma categoria e virilidade de antigamente. Hoje critica o futebol jogado pra trás, sem arte, que não empolga os torcedores e nem produz grandes resultados.

Prestes a completar 81 anos, Nocha mantém uma invejável forma física, passeia diariamente pelas ruas de Itajuípe, visita os amigos, faz compras e conversa sobre futebol. Com a simplicidade, diz não recordar muito do seu passado até a conversa fluir e relatar os bons tempos nos campo de futebol. Como diz o ditado: Quem foi rei nunca perde a majestade. E Nocha continua sendo uma referência no bom futebol do Sul da Bahia.

Walmir Rosário é radialista, jornalista, advogado e autor d´Os grandes craques que vi jogar: Nos estádios e campos de Itabuna e Canavieiras, disponível na Amazon.

Manifestantes queimam pneus em frente à rodoviária
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Manifestantes tocaram fogo em pneus e pedaços de madeira para bloquear a entrada de Ilhéus pela BR-415, nesta sexta-feira (13), na Avenida Itabuna, em frente à rodoviária. O motivo do protesto teria sido a morte de uma pessoa atropelada. Os participantes do ato gritavam palavras de ordem, cobrando justiça.

A manifestação começou pouco antes das 8h e provocou longo congestionamento na chegada da cidade. A Polícia Militar enviou equipes ao local para negociar a liberação da pista com os responsáveis pelo protesto. A via foi liberada por volta das 10h.

Confira vídeo.

Unidade do SAC de Itapetinga, onde o SineBahia tem 15 oferta de vagas || Foto Carol Garcia/GovBA
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Quase 200 vagas de emprego são ofertadas pelo SineBahia em unidades de municípios das regiões sul e sudoeste nesta sexta-feira (13). Das 198 vagas, 118 são em Jequié, 65 em Itabuna e 15 em Itapetinga em áreas como saúde, educação, logística e vendas.

Os interessados têm até as 15h30min para comparecer ao SineBahia em Itabuna e Jequié. Em Itapetinga, encerra às 13h o horário para se cadastrar para disputa das vagas anunciadas, munidos de carteiras de Identidade e de Trabalho (física ou digital), CPF e comprovantes de escolaridade e residência.

A unidade de Itabuna atende no segundo piso do Shopping Jequitibá, na Avenida Aziz Maron, Góes Calmon (Beira-Rio). A de Jequié está situada na Avenida Octávio Mangabeira, no Mandacaru. A de Itapetinga funciona na Avenida Presidente Kennedy, no Centro. Clique em Leia Mais e confira todas as vagas.

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Pilhado, o sujeito foi a Otávio Moura, editor do Diário da Tarde, e disse para falar com Alberto Hoisel que o respeitasse, que era reserva moral da cidade e que não admitiria tal falta de respeito. Se o epigramista continuasse, ele iria responder. O editor apavorou.

 

Carlos Pereira Neto Siuffo

Alberto Hoisel foi o melhor epigramista que Ilhéus já teve. Era quase um gênio. Um dia chegou na cidade um sujeito que se achava muito importante e espalhou que era candidato a prefeito. Alberto publicou no Diário da Tarde: “Em Ilhéus qualquer sujeito/que quer ter notoriedade/espalha pela cidade/que é candidato a prefeito”.

Pois bem, na cidade, tinha um professor muito querido que, em toda eleição, anunciava que seria candidato. Às vezes desistia no meio do caminho. Noutras era lanterninha. A turma da maledicência procurou o lente e o convenceu que a quadrinha era para ele.

Pilhado, o sujeito foi a Otávio Moura, editor do Diário da Tarde, e disse para falar com Alberto Hoisel que o respeitasse, que era reserva moral da cidade e que não admitiria tal falta de respeito. Se o epigramista continuasse, ele iria responder. O editor apavorou. Esse era o grande problema. As palestras do professor levavam quatro horas, um latinídio só, e todo mundo dormia. Seus artigos ocupavam todas as páginas do jornal, que encalhava.

Otávio Moura procurou Alberto, contou o ocorrido e pediu para parar. Surpreso, o autor disse que o epigrama não havia sido feito para a ilustre figura, mas, se a carapuça tinha servido, o problema era dele. Aí publicou outro epigrama: “Essa gente que desista/seus gritos não fazem eco/em Ilhéus ninguém é paulista/para votar em Cacareco”. Cacareco era o nome da rinoceronte que, em 1959, recebeu quase 100 mil votos para a vereança na cidade de São Paulo.

O professor cumpriu a promessa e escreveu um artigo de seis laudas. Ocupou todas as páginas do diário, inclusive a manchete. Otávio falou para Alberto: “Eu não disse!”. De quebra, o epigramista lascou os últimos versos:  “Arrependo-me se peco/para que o céu me abençoe/se eu ofendi Cacareco/Cacareco me perdoe.”

Ao final, a pessoa a quem eram direcionados os epigramas desistiu da candidatura, e o nosso querido professor foi candidato. Novamente, ficou na lanterninha.

Carlos Pereira Neto Siuffo é professor da Uesc.