A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), reúne, na segunda-feira (16), autoridades de outros três estados brasileiros, além de representantes da cadeia produtiva do cacau, para avaliar os riscos que a possível chegada da monilíase do cacaueiro representa para essa cultura e apontar soluções. O evento será na Governadoria, em Salvador, a partir das 9h.
O encontro contará com a participação de secretários de estado da agricultura do Pará, Espírito Santo e Rondônia. Junto com a Bahia, esses estados representam aproximadamente 98% da produção nacional de amêndoas de cacau. Eles geram uma receita anual que supera os R$ 23 bilhões e movimenta vários nichos de mercado.
A monilíase, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), é uma doença que ataca os frutos do cacaueiro e do cupuaçuzeiro em qualquer fase de desenvolvimento A doença pode causar perdas de até 100% da produção. Causada pelo fungo Moniliophthora Roreri, ela está presente em todos os países produtores de cacau da América Latina, exceto no Brasil.
DESTRÓI LAVOURAS
Uma das características da monilíase é a agressividade com que destrói as lavouras. “Daí, a importância de discutirmos, desde já, o que os órgãos públicos e toda a cadeia do cacau podem fazer para manter o território brasileiro longe da doença, assim como, em caso de chegada dela, como podemos amenizar seus efeitos sobre a produção”, explica o secretário da Agricultura da Bahia, Wallison Tum.
O grupo de trabalho pretende enviar uma carta ao Ministério da Agricultura indicando medidas que podem ser tomadas para impedir o avanço da doença ou amenizar seus riscos. Também deve ser assinado um termo de cooperação técnica para alinhar as ações de prevenção entre os estados produtores de cacau.