Bahia anuncia Everton Ribeiro como principal reforço para a temporada || Foto EC Bahia
Tempo de leitura: < 1 minuto

Quem acompanha futebol já se acostumou com os dribles desconcertantes do meia Everton Ribeiro, que quase sempre deixa um companheiro na cara do gol. Colecionador de títulos importantes pelo Flamengo, o jogador foi anunciado oficialmente, na tarde deste sábado (6), como a principal contratação do Bahia para temporada. O novo reforço do Tricolor de Aço assinou contrato até o final de 2025.

O contrato com o Bahia foi assinado neste sábado. Amanhã (7), o jogador chega a Salvador. Ele deverá ser apresentado oficialmente, às 11h, na Arena Fonte Nova. Na segunda (8), o atleta se junta ao grupo  e segue viagem para pré-temporada em Manchester, na Inglaterra.

Everton Ribeiro chega ao Tricolor após acumular títulos importantes pelo Flamengo, a exemplo de dois campeonatos brasileiros, duas Taças Libertadores, duas Supercopas do Brasil e uma Copa do Brasil.

No futebol brasileiro, além de Flamengo, Everton Ribeiro teve passagem marcante pelo Cruzeiro, onde foi eleito o Melhor Jogador do Brasileirão de 2013 e 2014. Ele foi o Craque da Galera do Brasileirão de 2019, atuando pelo Flamengo. Bola de Prata em 2013 (Cruzeiro) e mais três eleições como Melhor Meia Esquerda da Série A (13, 14, pelo Cruzeiro, e 19, pelo Flamengo).

Natural de Arujá, em São Paulo, Everton Augusto de Barros Ribeiro é um jogador com histórico na Seleção Brasileira. Além de passagens na base, pelo sub-17 e 20, o atleta foi convocado para o elenco principal e fez parte do grupo na Copa do Mundo de 2022.

Na carreira, além de Cruzeiro e Flamengo, Everton atuou no São Caetano, Coritiba, Corinthians e Al-Ahli, dos Emirados Árabes Unidos.

Investigação aponta indício de irregularidades na venda de refinaria na Bahia
Tempo de leitura: 3 minutos

A venda da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, em novembro de 2021, apresentou fragilidades, constatou auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU). O principal problema, apontou o relatório, foi a venda abaixo do preço de mercado, decorrente principalmente da escolha do momento do negócio – em plena pandemia de covid-19 – numa época em que a cotação internacional do petróleo estava em baixa.

Rebatizado de Refinaria de Mataripe, o empreendimento foi vendido por US$ 1,65 bilhão (R$ 8,08 bilhões pelo câmbio atual) ao fundo Mubadala Capital, divisão de investimentos da Mubadala Investment Company, empresa de investimentos de Abu Dhabi e que pertence à família real dos Emirados Árabes Unidos.

O relatório não afirmou, de maneira categórica, que houve perda econômica com a venda da refinaria. O documento, no entanto, questionou o momento do negócio, argumentando que a Petrobras poderia ter esperado a recuperação do petróleo no mercado internacional.

TEMPESTADE PERFEITA

A venda, ressaltou a CGU, ocorreu num cenário de “tempestade perfeita”, com a combinação de incerteza econômica e volatilidade trazida pela pandemia, premissas pessimistas para o crescimento da economia no fim de 2021 e alta sensibilidade das margens de lucro, o que resultou em maior perda de valor.
Outros problemas

A CGU constatou fragilidade na utilização de cenários como suporte à tomada de decisão, com destaque para a falta de medição de probabilidade realista em eventos futuros. O relatório também questionou a aplicação de metodologias não utilizadas, até então, para venda de estatais brasileiras.

O órgão de controle sugeriu que, em situações de grande incerteza, duas opções poderiam ter sido consideradas: aguardar a estabilização do cenário futuro ou fazer uma avaliação única, ajustando premissas operacionais e de preços.

Em sua manifestação, a Petrobras defendeu a utilização de cenários como uma prática comum e adequada, mesmo reconhecendo limitações. A estatal alegou que as projeções foram feitas com consistência e que a pandemia tornou a análise mais desafiadora. A empresa reconheceu desafios e concordou em avaliar melhorias sugeridas, como a inclusão de medição de probabilidade em futuras análises.

PRESENTES VALIOSOS

A divulgação do relatório reacendeu suspeitas em torno de presentes dados pelo governo dos Emirados Árabes Unidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro em outubro de 2019 e novembro de 2021, justamente o mês da venda da refinaria.

O ex-presidente devolveu à Caixa Econômica Federal um fuzil calibre 5,56 milímetros e uma pistola nove milímetros dados pelo governo dos Emirados, após uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU).

Leia Mais

Mark Wilson recorda passagem do Velho Lobo por Itabuna, na década de 70
Tempo de leitura: < 1 minuto

Fiquei muito feliz por aquilo e, durante algum tempo, falava com meus amiguinhos que meu pai era amigo de Zagallo.

Mark Wilson Teixeira

Vi Zagallo quando eu era criança, aqui em Itabuna. Sei que foi depois da Copa de 74, da Alemanha, mas não me lembro do ano. Acho que foi em 75. Ele era técnico do Botafogo, que veio jogar em Itabuna contra o Vitória de Salvador. O Vitória ganhou por 1 x 0, gol de pênalti batido pelo baixinho Osni, grande craque da época.

No final do jogo, meu pai, que era titular de cadeiras cativas do estádio, tinha direito de acesso ao gramado do Itabunão e foi conversar com Mario Jorge Lobo Zagallo. Os dois conversando e eu, na mais pura e ingênua atitude da minha infância, de meus talvez 10 anos, peguei no braço de Zagallo, como que puxando para chamar-lhe a atenção, olhando para cima direto em seus olhos e perguntei: “seu Zagallo, seu Zagallo, o senhor é amigo de meu pai?”. Ele se virou para mim e respondeu: “sou sim”.

Fiquei muito feliz por aquilo e, durante algum tempo, falava com meus amiguinhos que meu pai era amigo de Zagallo. Jamais me esquecerei disso em minha vida.

Mark Wilson Teixeira é formado em Administração de Empresas.

Brasil se despede da lenda Mário Jorge Lobo Zagallo || Foto Lucas Figueiredo/CBF
Tempo de leitura: 2 minutos

O Brasil e o mundo do futebol perderam, na noite desta sexta-feira (5), o maior vencedor da história das Copas do Mundo, Mário Jorge Lobo Zagallo, aos 92 anos. Ele estava internado, desde o final do ano passado, no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro, e não resistiu a uma falência múltipla dos órgãos.

Como jogador, o Velho Lobo ajudou a Seleção Brasileira a conquistar o título inédito da Copa do Mundo, em 1958, com direito a gol na final contra a Suécia, dona da casa. No Chile, quatro anos depois, o ponta-esquerda também brilhou no bicampeonato mundial do Brasil.

Depois de pendurar as chuteiras, assumiu o comando técnico da lendária Seleção, em 1970. Naquele ano, armou a Canarinha com o quinteto Gérson, Rivellino, Tostão, Pelé e Jairzinho e faturou o tricampeonato na Copa do México.

Após um jejum de 24 anos, o Brasil só voltaria a ganhar uma Copa em 1994, nos Estados Unidos, com o técnico Carlos Alberto Parreira, que tinha Zagallo como principal auxiliar. Já no Mundial da França, em 1998, Zagallo voltou a comandar a Seleção, que foi derrotada pelos donos da casa na final.

LUTO

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues, decretou luto de sete dias pelo falecimento de Zagallo. Em nota, o cartola afirmou que a entidade e o futebol brasileiro lamentam a morte de uma das suas maiores lendas. “A CBF presta solidariedade aos seus familiares e fãs neste momento de pesar pela partida deste ídolo do nosso futebol”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também prestou solidariedade aos familiares e amigos do Velho Lobo. “Corajoso, dedicado, apaixonado e supersticioso, Zagallo era exemplo de brasileiro que não desistia nunca. É essa lição e espírito de carinho, amor, dedicação e superação que ele deixa para todo o nosso país e para o futebol mundial”, escreveu o mandatário, em uma rede social, neste sábado (6).

O corpo de Zagallo será velado na sede da CBF, no Rio de Janeiro, a partir das 9h30min deste domingo (7), em cerimônia aberta ao público. O sepultamento será às 16h do mesmo dia, no Cemitério São João Batista, também na capital fluminense.