Manifestantes atearam fogo em pneus para fechar a BR-415
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Nesta quarta-feira (13), moradores do Maria Matos (Rua de Palha), em Itabuna, bloquearam a BR-415 para reivindicar o início da construção de casas populares destinadas às famílias atingidas pela enchente de dezembro de 2021. Segundo eles, havia a promessa de que as residências seriam entregues neste ano, mas as obras ainda não começaram.

O protesto começou por volta das 5h20min e se estendeu até o final da manhã. Os manifestantes atearam fogo em pneus e madeira para fechar os dois sentidos da pista. A interdição durou mais de cinco horas.

Após intervenção da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o trânsito passou a ser liberado parcialmente, a cada 30 minutos. Durante o protesto, os responsáveis pelo ato também autorizavam a passagem de ambulâncias.

Mesmo após o final do protesto, a pista continuou bloqueada pelos materiais em chamas. O Corpo de Bombeiros apagou o fogo concluiu a liberação da via por volta das 12h20min.

O QUE DIZ A PREFEITURA

A Prefeitura de Itabuna afirmou, em nota, que o processo licitatório para a construção das 696 unidades habitacionais está em fase final, aguardando autorização do Tribunal de Contas da União (TCU), por se tratar de investimento federal.

Segundo a gestão, as moradias serão entregues a famílias que residiam na Rua da Bananeira, Nova Itabuna e Rua de Palha. “Elas serão realocadas nos projetos Viver Melhor I e II, no Sinval Palmeira e Jorge Amado, respectivamente”, diz o texto.

A Prefeitura acrescenta que, desde 2021, assegura R$ 275 mil por mês para o custeio do aluguel social de 550 famílias, sendo R$ 500,00 para cada. A nota também cita outros empreendimentos de moradia popular, como o que vai realocar 80 famílias e está em fase de conclusão, sob a responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder).

No final da nota, o governo municipal associa a manifestação às eleições deste ano. “É injustificável que pessoas tão sofridas sejam exploradas na sua boa-fé em ano eleitoral, quando merecem carinho e atenção para que retomem com dignidade suas condições normais de vida”, conclui.

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