Embasa: água furtada poderia abastecer 200 casas por mês
Tempo de leitura: 2 minutos

A Embasa denunciou à Polícia Civil um suposto furto de água atribuído ao Barravento Praia Hotel e ao Motel Praia do Malhado, ambos na zona norte de Ilhéus. Segundo a concessionária, os estabelecimentos foram flagrados desviando água, por meio de ligações clandestinas, da rede distribuidora do município. Os nomes das empresas foram revelados em matéria do Blog do Gusmão.

“A estimativa é que os estabelecimentos comerciais tenham furtado um volume de 1,1 milhão de litros de água por mês, quantidade suficiente para abastecer 200 residências ou para encher a piscina olímpica da Arena Aquática de Salvador, na Pituba”, acusa a Embasa, em nota.

Funcionários da Embasa escavam rua em frente ao Barravento || Foto Embasa

A Embasa registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes contra o Patrimônio. Os responsáveis serão multados e, após inquérito, podem ser condenados de um a quatro anos de prisão, conforme o artigo 155 do Código Penal, que qualifica o furto de água como crime contra o patrimônio. Além disso, terão que pagar o volume de água desviado anteriormente ao flagrante, segundo a Empresa.

As direções do hotel e do motel ainda não se manifestaram sobre a acusação da Embasa. Os posicionamentos serão publicados assim que enviados ao site.

TECNOLOGIA CONTRA FRAUDES

O gerente da Embasa em Ilhéus, Felipe Madureira, afirma que o combate às fraudes tem sido intensificado no município a fim de garantir a prestação de um serviço cada vez melhor à população. “A descoberta da ligação clandestina na zona norte foi possível com o geofonamento da área, ou seja, a identificação de vazamentos não-visíveis, aqueles em que a água não aflora à superfície e permanece embaixo da terra. O trabalho é feito à noite com a utilização de equipamentos mecânicos e eletrônicos que detectam ruídos”, explica.

FLAGRANTE NA BR-415 

Ainda no último mês de março, com apoio da Polícia Civil, a Embasa identificou uma ligação clandestina numa adutora às margens da BR-415, trecho Ilhéus-Itabuna. A água desviada, num volume estimado de 4 mil metros cúbicos, abastecia algumas construções irregulares, além de envolver grandes riscos. “A adutora é uma via expressa que conduz a água em grande volume e alta pressão e, no caso em questão, o vazamento da adutora, causado pela ligação clandestina, criou uma coluna de água de mais de 21 metros de altura”, alerta Felipe Madureira.

Os responsáveis pelo furto foram identificados e vão responder a inquérito policial, além de multas. Madureira também ressalta que a ligação clandestina na adutora na BR-415 prejudicava diretamente o abastecimento de água na zona oeste de Ilhéus, uma área de grande concentração populacional, abrangendo beneficiários do programa Minha Casa Minha Vida, usuários do Hospital Regional Costa do Cacau, membros da comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e residentes de bairros adjacentes, como Banco da Vitória e Salobrinho. Atualizado às 21h56min para acréscimo de informação.

3 respostas

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *