Procedimento corrigiu malformação congênita da pequena Luna || Foto HMN
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Moradora de Riacho de Santana, no sudoeste da Bahia, Alaine Almeida recebeu com alívio a comunicação dos médicos de que a sua pequena Luna, com poucos dias de vida, poderia deixar o Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, e retornar para casa. A boa notícia foi dada depois que a criança se recuperou de uma cirurgia de correção de atresia esofágica, um defeito congênito no qual o esôfago se estreita ou tem uma extremidade fechada.

A riachense Alaine Almeida e a filha chegaram ao Hospital Manoel Novaes no dia 26 de maio, depois de embarcarem numa UTI aérea, no município de Guanambi, com destino ao sul da Bahia. A mãe da paciente se recorda que desceram da aeronave em Ilhéus e seguiram para Itabuna numa UTI terrestre. Alaine afirma que viajou mais de 600 quilômetros com a convicção de que resolveria a complicação de saúde da filha.

O procedimento foi executado, com sucesso, pelos médicos Ronaldo Garcia e Camila Oliveira. Os profissionais explicam que a atresia esofágica é uma estrutura do esôfago, órgão que liga a boca ao estômago. A malformação congênita impossibilitava a alimentação e o desenvolvimento do bebê. Por isso, a intervenção cirúrgica era necessária.

A médica e diretora técnica do Hospital Manoel Novaes, Fabiane Chávez, explica que o caso de Luna foi desafiador para toda a equipe. Além da atresia de esôfago (uma patologia de difícil manejo), a bebê tem cardiopatia congênita associada, o que agravou mais ainda o seu quadro.

ALTO RISCO

Alaine Almeida conta que teve uma gravidez de alto risco e, por isso, deu à luz em Guanambi. “Foi uma gravidez muito complicada, de alto risco. Quando ela nasceu, achei que todo o sofrimento durante a gestação estava acabando, mas estava enganada. Minha filha nasceu com atresia esofágica, malformação que eu não conhecia”, conta.

Como o hospital de Guanambi não fazia o procedimento, a paciente foi incluída no Sistema de Regulação da Secretaria de Saúde de Bahia (Sesab) e enviada para o Hospital Manoel Novaes. “Fomos de avião até Ilhéus. Uma ambulância da Santa Casa nos trouxe de lá para cá. Todo o processo foi muito difícil. Eu não desejo uma situação dessa para ninguém. Mas, superamos”, afirma.

A mãe da pequena Luna aprovou o trabalho dos médicos e o acompanhamento diário dos profissionais da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Manoel Novaes, onde a filha ficou internada por cerca de 30 dias. “Fui muito bem acolhida aqui. Eu chorava todos os dias. Recebi o apoio das enfermeiras e os demais profissionais. Foi muito importante, porque eu ficava 24 horas no hospital”.

Para Alaine Almeida, o hospital funcionou como uma segunda família no período em que a criança esteve internada. “Moro muito longe e, por isso, não tínhamos como receber visitas de familiares aqui. Esse apoio dos profissionais foi muito importante. Essa convivência, eu levarei para o resto da vida”.

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