Doença é transmitida por mosquito || Imagem Conselho Federal de Farmácia
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Uma moradora de Camamu, no baixo-sul baiano, é a segunda vítima da Febre Oropouche no estado. A Secretaria da Saúde da Bahia confirmou a causa da morte nesta segunda-feira (22). A mulher, de 21 anos, morreu em um hospital de Itabuna e não tinha outras doenças quando entrou em contato com o vírus, que é transmitido pelo mosquito Culicoide paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.

A paciente deu entrada no hospital com febre alta, cansaço, náuseas, vômito, diarreia e dores na cabeça e membros inferiores. Os sintomas se agravaram, e ela passou a apresentar sangramentos nasal, gengival e vaginal. Também sofreu queda brusca de hemoglobina e plaquetas, indicadores da atividade imunológica no sistema sanguíneo, até o óbito, em maio. O fechamento do diagnóstico só veio dois meses depois em razão dos exames necessários para a determinação da causa.

A primeira morte havia sido confirmada no dia 17 de junho. O paciente tinha 24 anos e morava em Valença, também no baixo-sul da Bahia. Ele não tinha condições pregressas que, em tese, poderiam aumentar o risco do contato com o vírus da Febre Oropouche. Os dois óbitos confirmados no estado são os primeiros documentados no mundo.

ILHÉUS LIDERA CASOS CONFIRMADOS NA BAHIA

De março até a última atualização da Secretaria da Saúde da Bahia, o estado confirmou 835 casos da doença, distribuídos em 59 municípios. Com 110 casos registrados, Ilhéus é a cidade baiana com maior número de infecções. Além de Ilhéus, aparecem no topo da lista Gandu, com 82; e Uruçuca, com 68 ocorrências. A doença avança também em Itabuna, que contabiliza 21 casos da Febre Oropouche.

Além das mortes na Bahia, o Ministério da Saúde investiga óbito suspeito de Febre Oropouche em Santa Catarina. Outro caso investigado, no Maranhão, foi descartado. O Brasil já identificou 7.044 infecções em 2024. Até o ano passado, as notificações da doença se concentravam na região Norte do País.

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