Jornalistas tornam-se réus em processo sobre esquema do pix
Tribunal do Júri condena integrantes do "tribunal do crime" || Foto Divulgação
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O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual (MP-BA) e tornou réus o apresentador de TV Marcelo Castro, o jornalista Jamerson Oliveira e outras 10 pessoas, no caso que ficou conhecido como “Golpe do Pix”.

Ao acatar a denúncia, nesta sexta-feira (30), o juiz da Vara dos Feitos Relativos a Delitos de Organização Criminosa de Salvador, Cidval Santos Sousa Filho, determinou o caso como associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação indébita.

A Justiça da Bahia acatou a denúncia e determinou que os acusados têm o prazo de 10 dias para apresentar a defesa e testemunhas.

Os 12 acusados teriam se apropriado de R$ 407.143,78, o equivalente a 75% dos R$ 543.089,66 arrecadados em 12 campanhas para pessoas em situação de vulnerabilidade na TV Record Bahia. Como mostra a denúncia do Ministério Público Estadual. Do total desviado, R$ 146.231,07 teriam ficado com Castro e outros R$ 145.728,85 teriam sidos subtraídos por Jamerson.

BLOQUEIO DE BENS

Ao aceitar a denúncia, a Justiça da Bahia solicitou o bloqueio total de ativos financeiros, no valor de R$ 607.143,78, além do bloqueio total de veículos, que impede venda, transferência e circulação, e sequestro de bens imóveis de Marcelo Castro, Jamerson Oliveira e Lucas Costa Santos.

Procurada pela equipe de produção da TV Bahia, a defesa dos jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira “alegou a inocência dos acusados e afirmou acreditar fielmente na Justiça da Bahia”. O g1 não conseguiu contato com a defesa dos demais acusados.

As doações eram feitas por telespectadores do “Balanço Geral”, telejornal da Record Bahia/TV Itapoan no qual Castro e Jamerson trabalhavam — o primeiro como um dos principais repórteres, e o segundo como editor-chefe. O programa divulgava uma chave PIX para que o público pudesse ajudar os cidadãos cujas histórias eram relatadas junto a pedidos de ajuda.

As investigações apontaram que não havia uma chave de PIX usada em todos os crimes cometidos. O grupo alternava contas de nove denunciados, as vezes mais de uma durante o mesmo episódio.

Inicialmente, a denúncia do MP-BA apontou que se tratava de uma associação criminosa. Então, o caso foi enviado para a 9ª Vara Criminal da Comarca de Salvador. O juiz dessa vara, Eduardo Afonso Maia Caricchio, alterou a classificação para organização criminosa, caracterização mais grave.

O caso foi encaminhado, então, para a Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa da capital baiana, para que pudesse ser acompanhado por uma unidade especializada. Do G1.

Conheça os cuidados que se deve ter para se prevenir contra o Mpox|| Foto Getty Images
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O Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar ações de resposta à mpox, em decorrência da decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de declarar emergência internacional para a doença.

Embora o Brasil apresente sinais de estabilidade da mpox, é necessário manter um estado de alerta em relação ao vírus, causado pelo mpox vírus (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Trata-se de uma doença zoonótica viral. Sua transmissão em humanos pode ocorrer por meio do contato com pessoa infectada e materiais contaminados.

O Ministério da Saúde alerta que a principal forma de transmissão da mpox é por meio do contato próximo e prolongado (abraços, beijos, relação sexual) quando existem lesões na pele tais como erupções cutâneas, crostas, feridas e bolhas ou fluidos corporais (como secreções e sangue) em uma pessoa infectada.

A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente infectados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.

PERÍODO DE TRANSMISSÃO DA DOENÇA

Apesar do antigo nome usado (varíola dos macacos), esses animais não são reservatórios do vírus da varíola. Embora o reservatório seja desconhecido, é possível que a infecção tenha sido transmitida para seres humanos, tendo como fonte pequenos roedores das florestas tropicais da África, principalmente na África Central e Ocidental.

Uma pessoa pode transmitir a mpox desde o momento em que os sintomas começam até que as lesões de pele tenham cicatrizado completamente. A doença geralmente evolui para quadros leves e moderados e pode durar de 2 a 4 semanas.

Os sinais de que a pessoa foi infectada são erupções cutâneas ou lesões de pele (como bolhas, feridas com casca ou não); adenomegalias, que se caracterizam por linfonodos inchados e também são denominados de “ínguas”. Outros sintomas são febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

De acordo com o Ministério da Saúde, o intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas do mpox (período de incubação) é tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, o período em que as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus a outras pessoas. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas às vezes, podem aparecer antes da febre.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podem formar crostas, que secam e caem. O número de lesões em uma pessoa pode variar e podem ocorrer em qualquer parte do corpo como rosto, palma das mãos, planta dos pés, boca, olhos, órgãos genitais e no ânus.

O QUE FAZER SE APRESENTAR OS SINTOMAS?

Se você achar que tem sintomas compatíveis com a mpox, procure uma unidade de saúde para avaliação e informe se você teve contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença. Se possível, isole-se de atividades sociais e coletivas. Evite contato próximo com outras pessoas. Higienize as mãos regularmente e siga as orientações para proteger outras pessoas da infecção.

A maioria dos casos apresenta sintomas leves e moderados. As principais medidas incluem o isolamento até que as lesões desapareçam, para evitar a transmissão para outras pessoas. O tratamento tem como objetivo aliviar dor, febre e demais sintomas, além do acompanhamento de potenciais complicações clínicas.

A pessoa deve ficar atenta à piora dos sintomas ou aumento da quantidade de lesões no corpo. Caso ocorram problemas nos olhos como vermelhidão, sinais de conjuntivite ou mesmo borramento da visão, busque avaliação médica em uma unidade de saúde.

Na maioria dos casos, os sintomas da mpox desaparecem em algumas semanas. No entanto, em algumas pessoas, especialmente aquelas com diminuição na imunidade (imunocomprometidos), crianças e gestantes, os sinais e sintomas podem levar a complicações, caso não haja assistência adequada.