Operação flagra crimes ambientais no sul da Bahia || Foto Divulgação
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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Ministério Público Estadual (MP-BA) concluíram, na sexta-feira (20), mais uma etapa da Operação Mata em Pé, deflagrada para coibir crimes ambientais no sul da Bahia. O trabalho resultou em mais de 370 hectares de Mata Atlântica embargados e quatro tratores e uma retroescavadeira apreendidos.

A operação apurou 35 alertas de desmatamento nos municípios de Belmonte, Santa Luzia, Canavieiras e Una. Os alertas foram emitidos pela Rede Mais Brasil, do Ministério da Justiça, e pelo MapBiomas. Os tratores e a retroescavadeira foram flagrados em atividade dentro de floresta, em Santa Luzia. O responsável já havia devastado mais de 25 hectares de vegetação e foi multado.

“Esses municípios têm atraído agricultores e pecuaristas vindos do Espírito Santo à procura de terras mais baratas para a expansão de suas atividades. O problema é que muitos deles não estão respeitando a legislação ambiental”, explica André Santos, agente ambiental federal da Unidade Técnica do Ibama em Eunápolis.

A vigilância do Ibama e das demais instituições seguirá nos estados onde ocorre a Mata Atlântica. O bioma é protegido pela Lei Federal nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, e por outras legislações. A autorização para supressão de vegetação da Mata Atlântica depende de seu estágio de regeneração

Justiça suspende divulgação de pesquisa em Itabuna || Foto Pedro Augusto
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O juiz da 28ª Zona Eleitoral de Itabuna, André Luiz Santos Britto, acatou representação da “Coligação Itabuna não Pode Parar” e suspendeu a divulgação do levantamento realizado pela FLex Consultoria & Pesquisa, acusada de falhas graves na aplicação de questionários aos entrevistados. Em sua decisão, o magistrado destaca que o Ministério Público Eleitoral confirma as denúncias contra a empresa do Espírito Santo.

As inconsistências apontadas pela parte autora foram, em sua maioria, confirmadas pelo parecer do MPE, que realizou minuciosa análise dos dados disponíveis no sistema PesqEle, do Superior Tribunal Eleitoral (TSE),conforme a justiça. O denunciante demonstrou que a pesquisa registrada pela Flex apresenta irregularidades que comprometem a validade confiabilidade, segundo o juiz eleitoral.

O ponto mais sensível, de acordo com decisão da justiça, diz respeito à ausência relativo ao nível econômico dos entrevistados. A Felx limitou-se a questionar se a pessoa trabalha ou não. “Essa omissão compromete seriamente a confiabilidade da pesquisa, uma vez que o nível econômico é fator relevante para a ponderação dos resultados e sua ausência pode levar a distorções significativas”, afirma o juiz André Luiz na decisão.

A pesquisa registrada pela Flex, com o número BA-06602/2024, deveria ser publicada neste final de semana. Além de Itabuna, os levantamentos da empresa capixaba foram barrados pelos juízes eleitorais de Ilhéus e Itagibá. A indicação de bairros inexistentes nessas cidades foi das irregularidades apontadas para suspensão das pesquisas.