Augusto Castro, ao centro, construiu grande aliança para quebrar tabu em Itabuna
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Três prefeitos tentaram a reeleição em Itabuna e não obtiveram sucesso. Fernando Gomes comandava o Centro Administrativo em 2000 e perdeu para Geraldo Simões. As posições se inverteram em 2004, com Fernando impondo derrota a Geraldo e retornando ao poder em 2005.  Capitão Azevedo buscou a reeleição em 2012. Vane do Renascer, então desconhecido de grande parte do eleitorado, saiu-se vitorioso na peleja.

Fernando tentaria um sexto mandato e sua primeira reeleição em 2020. Sim, nem ele, o fenômeno político-eleitoral do sul da Bahia conseguiu. Ali, em 2020, Augusto saiu da UTI do Calixto Midlej Filho, renascido de uma dura Covid-19 para, meses depois, derrotar o maior fenômeno da política sul-baiana.

Passados quatro anos, Augusto não só quebrou um tabu histórico em 2024. Mais que isso. Conquistou a reeleição de forma consagradora, com vantagem de 35,7 mil votos para o segundo colocado, o deputado estadual Fabrício Pancadinha e 58,95% dos votos válidos. A distância era indicada pelas pesquisas honestas – as registradas e aquelas para consumo interno e de orientação de campanhas. E, de lambuja, ainda fez quase 80% da bancada de vereadores.

Agora prefeito reeleito, Augusto teve o mérito de costurar uma super aliança com 13 partidos, dentre os quais o PT. Fez campanha de vencedor desde os primeiros programas eleitorais, quando impôs aos seus adversários a missão de fazer uma jornada limpa. Pautou os concorrentes, que ficaram presos ao mantra até metade do horário eleitoral, quando começaram a tentar descontruir a gestão.

Era tarde.

Aos olhos do eleitorado, Augusto já tinha não apenas o mérito de construir uma grande aliança para a campanha – nem ser o mais limpinho nas inserções e no horário eleitoral na TV. Conseguiu levar ao palanque eletrônico o que fez e estava fazendo e projetava os próximos quatro anos, com obras estruturantes e ações como a orla da Beira-Rio. E ainda aparecia ao lado do senador Otto Alencar, do ministro e ex-governador Rui Costa – um dos seus maiores fiadores – e do governador Jerônimo Rodrigues, além do apoio do barbudinho-mor de Brasília.

Era aliança que sinalizava ao eleitor as condições para tirar do papel o que estava sendo prometido. A votação consagradora não é cheque em branco para governo que tem méritos e defeitos. É sinal de reconhecimento, mas também de responsabilidade/cobrança para que “faça muito mais” (como prometeu em campanha) no próximo ciclo.

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