Membros do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e do Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus se reuniram para discutir parcerias e enfrentar desafios comuns no estado, especialmente o abandono do patrimônio histórico-cultural baiano. O encontro ocorreu na Academia de Letras de Ilhéus e contou com a presença do Diretor do IGHB, Ricardo Nogueira, do membro correspondente do IGHB em Itabuna, Edivaldo Alves Junior, e dos representantes do IHGI, o presidente Euzner Teles, o secretário-geral Thiago Pacheco e o memorialista José Nazal Pacheco Soub.
No encontro de quinta-feira (6), os representantes das instituições também abordaram dificuldades financeiras comuns das entidades culturais, debateram possíveis soluções para a recuperação do patrimônio histórico e destacaram a urgência de medidas para preservar importantes acervos, notadamente em cidades como Salvador e Ilhéus.
Durante a reunião, Ricardo Nogueira lamentou o recente desabamento de parte do teto da Igreja São Francisco de Assis, em Salvador, que matou uma pessoa, e enfatizou a necessidade de maior engajamento da sociedade para suprir a negligência do Estado na proteção do legado histórico baiano.
LAÇOS REFORÇADOS
Como gesto de integração e fortalecimento dos elos institucionais, Ricardo Nogueira presenteou o Instituto de Ilhéus com exemplares do livro Dois de Julho, Independência da Bahia e do Brasil, de Álvaro Pinto Dantas de Carvalho Júnior e Ubaldo Marques Porto Filho, além de volumes da tradicional Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Em retribuição, o presidente Euzner Teles ofereceu a obra Varal, de Archibaldo Daltro Barreto Filho.
A reunião fortaleceu os laços entre duas das mais relevantes instituições de preservação da memória e do conhecimento no estado e serviu de plataforma para o planejamento de ações conjuntas, em especial para a comemoração do próximo aniversário de Ilhéus, no dia 28 de junho.
Os representantes do IGHB agradeceram a amistosa recepção e ressaltaram a importância do Instituto de Ilhéus para a preservação não apenas da cultura local, mas também de capítulos fundamentais da história da Bahia.