A Polícia Civil libertou o professor Aderson Marcelo Borges Ferreira, que havia sido preso na manhã de hoje (17), no Centro de Ilhéus, durante protesto contra problemas no transporte público do município. Segundo apuração do PIMENTA, a Polícia Militar prendeu o manifestante sob a acusação de desacato (assista ao vídeo do momento da prisão).
No depoimento à Polícia Civil, o professor de Filosofia negou a acusação e disse que foi detido porque fazia imagens da ação policial contra os manifestantes. Segundo Marcelo, um membro da Polícia Militar tomou o seu celular, e o aparelho desapareceu.
Presidente da Associação dos Trabalhadores Contratados da Educação de Ilhéus, o professor Aderson Marcelo assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência e foi liberado.
“Eu estava apenas filmando o que estava acontecendo para garantir a segurança das lideranças da manifestação, que estavam entrando em um carro da Prefeitura para ir ao encontro do prefeito [Valderico Junior, UB]”, disse o professor. Assista ao depoimento dele após deixar a Delegacia.
O QUE DIZ A POLÍCIA CIVIL
O PIMENTA entrou em contato com a Polícia Civil em busca de informações sobre a causa da prisão do professor. Ao site, a corporação confirmou que a Polícia Militar acusou Aderson Marcelo de desacato.
“De acordo com informações do relato da ocorrência, o homem desacatou um policial militar durante uma manifestação na cidade. Oitivas e diligências estão em andamento para esclarecer os fatos”, acrescentou a Polícia Civil.
Respostas de 3
O celular reapareceu, foi devolvido?
Como a ação da Polícia é pública, pode ser registrada por qualquer cidadão.
Essa PM da Bahia continua a vergonha de sempre… adora mostrar falsa autoridade contra pessoas indefesas. Já contra os bandidos do crime organizado… são umas mocinhas frouxas!