O Diretório Nacional do PT confirmou, nesta quinta-feira (20), a efetivação de Humberto Costa na presidência nacional da sigla. Até então vice-presidente, o senador pernambucano já exercia o cargo, de forma interina, desde a saída da ex-presidente Gleisi Hoffmann, atual ministra das Relações Institucionais.
O ilheense Everaldo Anunciação foi escolhido vice-presidente. “Essa é a primeira vez que a vice-presidência nacional ganha representação da Bahia”, disse ao PIMENTA Everaldo, que fica no cargo até 6 de julho, data da próxima eleição interna do PT.
Para o novo vice-presidente, sua chegada ao cargo é um reflexo da contribuição de quadros baianos ao terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula Silva. Além dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Margareth Menezes (Cultura) e Sidônio Palmeira (Comunicação), a Bahia também é representada na liderança do Governo no Senado, com o senador Jaques Wagner.
Ex-presidente do PT na Bahia, Everaldo defende empenho total do Partido na disputa pela continuidade do projeto liderado por Lula e, no estado, pelo governador Jerônimo Rodrigues. Segundo ele, isso não significa menosprezar as eleições proporcionais. “Nós estamos vendo as dificuldades que o presidente Lula enfrenta e o perfil do Congresso. Então, esses são os principais desafios”.
“NOVO OLHAR”
Fundado há 45 anos, no dia 10 de fevereiro de 1980, o PT precisa de novas formas de compreender a sociedade e os trabalhadores, avalia Everaldo Anunciação. “É o momento do PT refletir e criar um novo olhar sobre essa nova sociedade, com métodos para inserir juventude, mulheres, pequenos empresários”.
O vice-presidente acredita que o esforço de compreensão da nova realidade do país começa por entender as transformações dos trabalhadores e trabalhadoras. “Hoje, você tem uma classe trabalhadora que não é assalariada. Você tem micros, pequenos empresários, profissionais liberais, os trabalhadores do transporte por aplicativo. E o Partido tem que ter esse novo olhar, sem perder seus princípios e [sem esquecer] de que lado ele está, que é daqueles que mais precisam de apoio nas suas organizações e de políticas públicas”.