Mês é dedicado à prevenção ao câncer colorretal
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O Março Azul-Marinho é dedicado à conscientização sobre o câncer colorretal, o terceiro tipo de câncer mais comum no Brasil, que afeta homens e mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A campanha ressalta a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e da informação para reduzir a incidência da doença. O câncer colorretal afeta o intestino grosso (cólon) e o reto, partes finais do sistema digestivo. Na maioria dos casos, desenvolve-se a partir de pequenas lesões benignas que podem crescer e se tornar malignas com o tempo.

O Inca estima que, de 2023 até o final de 2025, o Brasil registre 45.630 novos casos de câncer colorretal por ano, totalizando mais de 135 mil diagnósticos no período. O risco é de 21,1 casos a cada 100 mil habitantes, afetando 21.970 homens e 23.660 mulheres.

Alexandre Lins, gastroenterologista e professor da UnexMED Itabuna, explica que o câncer colorretal pode ser silencioso nos estágios iniciais, o que torna os exames preventivos fundamentais para a detecção precoce.

FATORES DE RISCO, SINTOMAS DE ALERTA E DIAGNÓSTICO

De acordo com o especialista, os principais fatores de risco que aumentam a chance de desenvolver esse tipo de câncer são a obesidade, o alto consumo de carne vermelha, carnes defumadas e ultraprocessados, além do uso excessivo de álcool e o tabagismo. Fatores não modificáveis, como histórico familiar de câncer de intestino ou presença de pólipos na família, também elevam o risco.

Os principais sinais de alerta que não devem ser ignorados incluem sangue nas fezes, perda de peso e alterações no ritmo intestinal, como constipação ou diarreia persistente. O diagnóstico é feito por meio da colonoscopia, exame no qual um tubo flexível com uma câmera é inserido pelo reto para examinar o cólon e o reto. Durante o procedimento, o profissional de saúde pode identificar pequenas lesões ou pólipos, removendo-os, se necessário, para análise.

PREVENÇÃO

O Inca recomenda que pessoas a partir dos 45 anos façam exames preventivos regularmente, especialmente aquelas com histórico familiar da doença ou fatores de risco. Quando identificado nos estágios iniciais, o câncer colorretal pode ter taxas de cura acima de 90%. “O paciente que tem o diagnóstico com o tumor precoce tem um risco menor de metástase e, nesses casos, a chance de cura é muito maior”, reforça o médico Alexandre Lins.

Embora o tratamento em estágios avançados envolva cirurgia, quimioterapia e radioterapia, o câncer colorretal pode ser prevenido em grande parte dos casos. Pesquisas científicas mostram que mudanças no estilo de vida reduzem significativamente os riscos. “Os hábitos que podemos adotar para reduzir o risco do câncer de intestino incluem atividade física regular, alimentação saudável rica em frutas, verduras, fibras e grãos, com menor consumo de carne vermelha, defumada e ultraprocessados”, orienta o gastroenterologista.

A identificação precoce do câncer colorretal é essencial. Como ele pode ser assintomático no início da doença, exames de rastreamento são cruciais. A triagem deve ser iniciada entre 45 e 50 anos para a população em geral, variando conforme diretrizes médicas e fatores de risco individuais. Para pessoas com histórico familiar da doença ou condições hereditárias que aumentam o risco, a triagem deve começar ainda mais cedo.

A campanha Março Azul-Marinho reforça que a informação e a prevenção salvam vidas. Consultar um profissional de saúde para orientações personalizadas e manter exames em dia são passos essenciais para evitar o câncer colorretal.

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