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O oeste da Bahia, por exemplo, uma região já super desenvolvida economicamente, segue buscando inovar, evoluir em plantios e colheitas, numa tentativa acirrada de protagonismo, e a pergunta que me faço é: a quem interessa o ostracismo do cacau do sul da Bahia?

 

Manu Berbert

Após um longo período dedicado à gestão de comunicação na área de saúde e, na sequência, dedicada a eventos privados, voltei à minha profissão e caí de paraquedas (ou não) na gestão de comunicação e eventos na área de agricultura, agricultura familiar e, claro, do cacau. Já tinha participado, lá atrás, de alguns projetos, mas confesso que não com o olhar e a vontade de hoje. E, talvez, seja esta maturidade que esteja me fazendo enxergar tudo com outros olhos…

Há um ano venho participando de missões técnicas e, assim, escutando discussões de todos os tipos sobre o cacau, as novas e inúmeras fábricas de chocolate daqui, o desenvolvimento do trade turístico etc. Existem muitas coisas boas acontecendo, especialmente com a demanda altíssima do fruto, mas, ao mesmo tempo, há um silêncio ensurdecedor pairando no ar da nossa região.

Na última semana, por exemplo, o Instituto Federal Baiano (IF Baiano), campus Uruçuca, comemorou o Dia do Cacau com uma mesa riquíssima de discussões. Não vi deputados estaduais da região por lá, como nenhum outro gestor municipal. Procurei nas redes e não encontrei nada além de cards marcando a data.

O que vivencio hoje, circulando neste universo, me dá a sensação de que o mundo está de olho nas nossas novas formas de fazer vindo estudar, aprender, copiar, mas a nossa região segue com os olhos vendados, sem se apropriar de fato deste sentimento de pertencimento.

O oeste da Bahia, por exemplo, uma região já super desenvolvida economicamente, segue buscando inovar, evoluir em plantios e colheitas, numa tentativa acirrada de protagonismo, e a pergunta que me faço é: a quem interessa o ostracismo do cacau do sul da Bahia?

Manu Berbert é publicitária.

Uma resposta

  1. Existe uma diferença grande de cultura, produtos, manejos, terrenos, climas. O cacau (fruto centenário) continua o mesmo qdo falamos de manejo, o clima mudou, mão de obra praticamente não existe, incentivo do órgão (ceplac) não existe, pois virou cabide político, a vassoura de bruxa danificou uma região, matou muitos produtores que acreditavam no cultivo, os descendentes (herdeiros) não foram ensinados a cuidar do cacau, perdeu se muito com isso. A região oeste citada, cultiva outros tipos de grãos, vieram desbravadores do sul do país, com pensamentos diferentes, utilizaram a agricultura familiar e prosperaram num ligar que chove pouco, mais tem muita água. Grandes máquinas fazem o trabalho de centenas de pessoas.

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