PMs foram presos em Ilhéus e Jequié || Foto MP-BA
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O Tribunal de Justiça da Bahia acatou recurso movido pelo Ministério Público Estadual e determinou uma nova prisão para três policiais militares. Os PMs haviam sido detidos em Ilhéus e Jequié durante operação deflagrada para o cumprimento de três mandados de prisão e 10 de busca e apreensão, mas foram soltos em janeiro deste ano por decisão da Vara Criminal de Jequié, no sudoeste do estado.

O recurso interposto pelo Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp) foi acatado pela Segunda Câmara Criminal do TJ-BA na sexta-feira (28), determinando a prisão preventiva dos policiais. Os mandados começaram a ser cumpridos nesta segunda-feira (31).

Os PMs foram presos pela primeira vez em dezembro do ano passado, no sudoeste baiano, durante a “Operação Choque de Ordem”, que investiga o envolvimento dos agentes na morte de Kailan Oliveira de Jesus, ocorrida em maio de 2023 no município de Jequié.  Além desse crime, dois policiais foram detidos em flagrante por posse de drogas, segundo o MP-BA.

A operação foi deflagrada pelo MP-BA, por meio do Geosp e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), por meio da Corregedoria Geral da Polícia Militar e da Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria Geral (Force).

RISCO PARA AS INVESTIGAÇÕES

A decisão da Segunda Turma considerou que o recurso demonstrou os riscos à ordem pública e à instrução criminal, uma vez que as apurações apontam para uso da estrutural estatal em prática de delitos, com ameaças a familiares da vítima e testemunhas dos fatos, tentativas de obstrução das investigações.

De acordo com o MP-BA, existem elementos apontam os PMs como suspeitos pelo assassinato de Kailan por motivo torpe, sem possibilitar chance de defesa. A vítima teria sido executada a tiros após ter a casa invadida e ser rendida. Durante a operação, dois dos PMs foram flagrados na posse de drogas ilícitas e armamento ilegal, conforme o Ministério Público Estadual.

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