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censura1Oficiais da Polícia Militar em Ilhéus foram denunciados pelo Blog do Gusmão por intimidação com ameaça de prisão ao repórter Thiago Dias. A ameaça ocorreu pessoalmente e por meio de ofício, segundo 0 site. A denúncia é feita contra o major Rivas Júnior e o subtenente Romulo Rego, ambos da 70ª Companhia.

As ameaças, informa o blog, ocorreram após abertura de sindicância motivada por matéria denunciando favorecimento da PM a guincho contratado pelo Governo Jabes. O relato a seguir é do editor do site, Emílio Gusmão, e dá a dimensão da gravidade da conduta dos policiais militares:

“No dia 12 de novembro, depois de ligar para o repórter Thiago Dias e solicitar seu endereço, o subtenente entregou ofício que solicitava a presença do repórter na sede da companhia no dia 19 de novembro. Seguindo orientação de advogados e do editor Emilio Gusmão, Thiago decidiu não comparecer. Ontem (segunda-feira, 23), Romulo voltou a ligar. Alegou que estava sendo obrigado a repetir o “rito”, ou seja, queria notificar novamente o repórter. Thiago explicou que o militar causaria constrangimento a ele e aos seus familiares caso retornasse à sua residência. O militar de maneira insensível retrucou dizendo que estaria à sua porta “em meia hora”. A atitude lembrou os tempos do regime de exceção.

Trouxe novo ofício. No texto o subtenente se comportou como juiz de direito. De maneira surpreendente, utilizou procedimentos da justiça criminal e afirmou que a recusa em depor poderia gerar no mínimo 15 dias de prisão ao repórter. No lugar da farda colocou uma toga invisível e citou trechos do código penal que reproduzimos aqui: “Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará desde logo, na presença das partes e testemunhas, dia e hora para seu prosseguimento […], assim como a sua falta reiterada pode ensejar o crime de desobediência. Desobedecer a ordem legal de funcionário público: pena – detenção, de quinze dias a seis meses, e multa”.

Antes de entregar o segundo ofício, durante o telefonema, Romulo disse que o repórter não poderia se “eximir” de testemunhar. Em seguida, em outra chamada, afirmou ao editor que não havia alegado tal obrigação. Logo depois o subtenente voltou a exigir a presença de Thiago Dias na sede da 70ª CIPM para “contribuir” com a investigação.

O editor do blog já havia falado com o Major Rivas no dia 13 de novembro. Informou ao comandante da 70ª que qualquer publicação do blog era de sua responsabilidade, não cabendo qualquer ônus ao repórter. Mesmo cientes dessa informação, os oficiais insistiram em convocá-lo.

Os oficiais querem arrancar uma informação cujo caráter sigiloso é garantido constitucionalmente. No ofício que enviamos ontem à companhia e para o qual ainda não obtivemos resposta, esclarecemos que não temos mais nada a contribuir com a sindicância. Tudo que sabemos foi publicado na matéria. A mesma justificativa foi dada por Thiago Dias em duas conversas presenciais com o subtenente Romulo.

4 respostas

  1. Esses fardados precisam entender que estão a serviço da sociedade. Antes de sair pra trabalhar, devem deixar a arrogância e a prepotência atrás da porta de casa. Estão perdendo o respeito da sociedade e a confiança do cidadão de bem, vai chegar um dia que vão precisar combater a eles próprios, de tanto sangue ruim que existe dentro da corporação. Uma tristeza.

  2. O Brasil voltou os tempos da jagunçada as trevas em todos os sentidos da palavra,é uma falta de postura e vergonha na cara,é um país sem virtudes,sem rumo,sem lei,a única referência e bastião de respeito pela sociedade é a imprensa,o lula Lalau e Dilma Trambiqueira,ambos debocha da imprensa,não é de estranhar o deboche de outros seguimento da sociedade,a exemplo do braço armado do estado acima no anunciado.

    ALFERES SEM COMPOSTURA. Pagina,7O.

    Houve aqui,no tempo de Taboca (19O3) um oficial de polícia,alferes,Isaías Cupertino,mandado pelo governador como delegado de polícia,este oficial de cor branca,alto,tipo que que só se trajava de farda branca,o mesmo era extremamente
    malvado trazia os Taboquenses ainda como se estivesse na Senzala e surrava os presos e quem fosse contra o mesmo, bufava que a lei é o próprio e cometeu alguns assassinatos.

    As famílias de Taboca como era costume lavar as roupas nos sequeiros e pedras do doce Rio Cachoeira e todas as tardes a título de fazer policiamento,o oficial andava por Taboquinha,Taboca Grande e por toda as margens do então doce Rio Cachoeira e uma bela tarde este oficial sem nenhuma compostura e se achando acima da lei,se fretou com uma senhora tomando ousadia e tentou seduzir a esposa
    do Sr.Aureliano Ferreira.

    O oficial recebeu uma punhalada na delegacia,rua do quartel velho,atual Rua, Rui
    Barbosa,na imediação da Padaria Modelo,o Jagunço ou oficial de polícia foi socorrido numa rede pra Salvador e veio falecer e o governador enviou outro oficial extremamente bom e muito querido por todos Taboquenses,o Capitão,Pedro Ferreira.

    O que nos deixa perplexo é a falta de compostura,pudor,respeito que é uma afronta todos valores morais éticos de Taboca e o Brasil ser governado por uma gângster de bandidos,que são Lula Lalau e Dilma Trambiqueira.

    Entretanto,não é nenhuma surpresa que alferes ou jagunços venha retornar os modos de policiar uma sociedade nos tempos das trevas,que os mesmos são a lei e pelo o que se ler neste anunciado da falta de compostura deste oficial de polícia em coagir,ameaçar e torturar o jornalista é a volta extremamente dos tempos idos das trevas o que nos lembra do oficial sem compostura da então Taboca.

    Fonte. O jequitibá de Taboca.

    Autor. Professor,Oscar Ribeiro Gonçalves.
    Prefácio. professor,Manoel Simeão da Silva.
    O imprescindível,Manoel Fogueira,ícone de nossa terra.

  3. A legitimidade das atuais ações como a citada vem se fortalecendo por apoio da imprensa nacional aos muitas abusos de poder aplicado diariamente pela operação Lava jato. (Uma hora tinha que vim as consequencias das ações).

  4. Temos que considerar que liberdade tem limite. Publicar denúncias de uma Instituição centenária,com serviços inestimavéis prestados, sem provas, é algo muito sério.

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