O governador Rui Costa, assim como fez sua opção por Fernando Gomes, em detrimento do médico Antônio Mangabeira, vai ter que decidir entre Nilo e o Coronel.
O governador Rui Costa (PT), mais cedo ou mais tarde, vai ter que decidir se prefere o apoio de Marcelo Nilo (PSL) ou de Ângelo Coronel (PSD).
O ideal seria se o chefe do Executivo ficasse com os dois deputados do seu lado, unidos em torno do legítimo direito de disputar o segundo mandato.
O problema é que Nilo e o Coronel se tornam cada vez mais distantes e imprevisíveis quando o assunto é a eleição de 2018.
Nilo não quer o Coronel no mesmo palanque e vice-versa. Ambos estão dando declarações que soam como uma espécie de ultimato ao governador: ou eu ou ele.
Quando questionado sobre seu apoio, se fica com Rui Costa ou ACM Neto, Nilo diz que a resposta “só depois do carnaval”.
O Coronel, atual presidente da Assembleia Legislativa, não perde a oportunidade de dizer que “o PSD tem que ter candidatura própria ao Palácio de Ondina”.
A candidatura a qual se refere o comandante do Parlamento é a do senador Otto Alencar, que é do mesmo partido do Coronel, o PSD.
O coronel, que tem um estilo muito parecido com o de Nilo, vai mais longe: “Não tendo candidato, quero ir para o Senado”.
O imbróglio é que uma das vagas para o Senado da República – a outra é de Jaques Wagner – está sendo disputada por quatro pretendentes.
O governador Rui Costa, assim como fez sua opção por Fernando Gomes, em detrimento do médico Antônio Mangabeira, vai ter que decidir entre Nilo e o Coronel.
O prefeito soteropolitano, ACM Neto, sem dúvida o único oposicionista com condições de derrotar Rui, fica esperando o desenrolar do Nilo versus Coronel.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia e editor d´O Busílis.