Portanto, o PT fez sua escolha: Fernando Gomes. Itabuna deixou de ter um grande prefeito por causa da traição, digamos, pragmática e maquiavélica do petismo.
Ficam agora dizendo que o diretório do PDT de Itabuna vai sofrer represálias porque tomou a decisão de não apoiar à reeleição do governador Rui Costa (PT).
É bom logo dizer que foi a cúpula do PT, com o aval do chefe do Executivo, que escolheu o então candidato do DEM, Fernando Gomes, em detrimento do médico Mangabeira, do PDT, legenda da base aliada.
Portanto, se existe algum traidor nesse imbróglio todo, esse é o PT, que fez sua opção por um inimigo histórico, desprezando também Geraldo Simões (PT) e Davidson Magalhães (PCdoB).
Bobagem. Ledo engano. O PDT não vai sofrer nenhum tipo de retaliação por parte do comando estadual da legenda, sob a batuta do deputado federal Félix Júnior.
Félix sabe que foi o petismo o causador de toda essa reviravolta, e se tem alguém que deve explicações ou até mesmo um pedido de desculpas, é o Partido dos Trabalhadores.
O PT fez sua opção. Entre Mangabeira e Fernando Gomes, entre o PDT e o DEM, entre um aliado e um adversário, suas principais lideranças decidiram pelo apoio ao demista.
Querem o que agora, que Mangabeira esqueça de tudo, de toda essa escancarada e inominável traição e suba no palanque com Fernando Gomes e seus novos companheiros?
E tem mais: quando o presidenciável Ciro Gomes vier a Itabuna, é Mangabeira que vai recebê-lo. Não é Rui Costa, Geraldo Simões, Davidson Magalhães e, muito menos, Fernando Gomes.
Não era para ser assim. O PDT de Itabuna estaria hoje firme com a reeleição do governador Rui Costa. Mangabeira é um homem de palavra, destemido e 100% confiável.
O PDT de Itabuna até que entenderia uma neutralidade do PT na sucessão municipal, mas o apoio a Fernando Gomes foi explícito e empolgado, não só no campo político como no esforço de deixá-lo elegível.
Portanto, o PT fez sua escolha: Fernando Gomes. Itabuna deixou de ter um grande prefeito por causa da traição, digamos, pragmática e maquiavélica do petismo.
Mangabeira não tinha outro caminho que não fosse o do rompimento. A política passa, mas a dignidade e autoestima das pessoas têm que ser levadas até o túmulo.
Marco Wense é editor d´O Busílis.