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Marco Wense
 

O deputado federal Bebeto (PSB) já declarou que sua indicação para a suplência de Jaques Wagner, candidato a senador já considerado eleito, não apaga a ingratidão do PT com Lídice.

 
É grande a expectativa do PDT e do PT com a reunião da executiva nacional do PSB programada para amanhã, segunda-feira (30).
Os socialistas vão decidir qual a posição da legenda na sucessão presidencial, se formaliza uma aliança com o PDT, PT ou se toma o caminho da neutralidade, liberando os diretórios estaduais para decidirem de acordo com suas conveniências políticas locais.
O PSB do Rio de Janeiro saiu na frente. Por unanimidade, o voto é para uma aliança com o PDT, que tem Ciro Gomes como pré-candidato ao Palácio do Planalto.
Ainda sem tomar uma posição oficial, mas já tornada pública a preferência, temos o PSB de Brasília, com o PDT, e o de Pernambuco, com o PT.
O apoio do PSB é importante, não só devido ao partido, suas lideranças e ao tempo no horário eleitoral. A decisão da legenda puxa o PCdoB, deixando o PT isolado com seu plano B, seja com Jaques Wagner ou Fernando Haddad.
E o PSB da Bahia? Essa é a pergunta que mais se ouve nos batidores, não só no staff petista como no socialista. O fato do PT ter deixado a senadora Lídice da Mata fora da chapa encabeçada pelo governador Rui Costa (reeleição) vai influenciar na decisão do partido?
É bom lembrar que Lídice é a presidente estadual do PSB e, salvo engano, vice-presidente nacional. A parlamentar foi defenestrada sem dó e piedade.
O deputado federal Bebeto (PSB) já declarou que sua indicação para a suplência de Jaques Wagner, candidato a senador já considerado eleito, não apaga a ingratidão do PT com Lídice. Como o segundo mandato de Rui é dado como favas contadas, Wagner assumiria uma secretaria e Bebeto o seu lugar no Senado da República.
Com efeito, fizeram a mesma coisa com o também deputado Davidson Magalhães, dirigente-mor do PCdoB da Bahia. O comunista é suplente de Ângelo Coronel (PSD), cujo partido apoia o presidenciável tucano Geraldo Alckmin.
Lídice não demonstra sua decepção de público, mas desabafou seus sentimentos com Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, cuja inclinação por Ciro Gomes é notória.
Segunda é o dia, se a decisão não for transferida para 5 de agosto, prazo limite para decidir o rumo dos partidos na eleição que vai indicar o substituto do presidente mais impopular da história da República: o emedebista Michel Temer.
Marco Wense é articulista político.

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