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Marco Wense

Presidente do Senado é o quarto da fila na linha sucessória presidencial. Depois do vice Hamilton Mourão e de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, é ele quem ocupa temporariamente o lugar de Jair Messias Bolsonaro nos casos previstos na Carta Magna: morte, incapacidade, suspensão, renúncia, impedimento ou viagem do presidente titular.

Como forma de protesto, vou comentar a disputa pelo cobiçado comando do Senado sem citar nenhum senador ou senadora, sem nominar os “bois”, contrariando o bom jornalismo político.

O processo eleitoral, com o vai e vem e o pega-pega para eleger o presidente da Casa Legislativa, vai ficar na história da República como o mais atrapalhado, digno de uma republiqueta.

Os momentos de tristeza, assentados em uma grande decepção, superaram o de achar tudo engraçado. “Isso é o Senado?” Perguntava para meus próprios botões, como diria o respeitado jornalista Mino Carta, da revista Carta Capital.

Que coisa, hein?! Que palhaçada, que falta de vergonha! A Casa parecia uma casinha bem suja, imunda, como se estivesse muito tempo sem ser limpa, cheia de lixo, baratas, ratos e até cobras venenosas sob os tapetes empoeirados.

Por duas, três ou quatro vezes, em tom alto e carregado de indignação, soltei um PQP. Não estava acreditando que aquilo era o Senado da República Federativa do Brasil.

Teve de tudo: senadora “roubando” pasta de documentos, senador chamando o outro para porrada, regras do Regimento Interno jogadas na sarjeta, muita confusão, bate-boca, renúncias combinadas, interferência do Poder Judiciário (STF) e uma avalanche de comportamentos não adequados ao Parlamento, que terminou virando uma “casa de Noca”.

Vale lembrar que o presidente do Senado é o quarto da fila na linha sucessória presidencial. Depois do vice Hamilton Mourão e de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, é ele quem ocupa temporariamente o lugar de Jair Messias Bolsonaro nos casos previstos na Carta Magna: morte, incapacidade, suspensão, renúncia, impedimento ou viagem do presidente titular.

No frigir dos ovos, restou a boa notícia da desistência do senador que mais tem problemas com a Justiça. Engraçado foi ele dizer, no seu discurso, no maior cinismo do mundo, que “nunca teve projeto de poder”. De repente, o lobo virou carneirinho.

O eleito para comandar o Senado é um bolsonariano do Partido do Democratas, o DEM. O que se espera é que exerça a função com independência e autonomia, sem ficar como marionete e sabujo do Executivo. Que faça do Senado uma instituição de respeito, restaurando a perdida credibilidade perante o eleitor-cidadão-contribuinte.

O espetáculo circense foi salvo pelo aproveitável discurso do “carequinha”, eleito pelo Estado de Santa Catarina.

Até as freiras do convento das Carmelitas ficaram perplexas com a sessão tumultuada do Senado, que tem tudo para ficar como dantes no quartel de Abrantes.

Só Deus na causa, dizem os esperançosos senadores evangélicos, pra lá e pra cá, nos corredores do Congresso Nacional, com o livro sagrado debaixo do braço.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém. Diria o saudoso, polêmico, inquieto e irreverente jornalista Eduardo Anunciação, hoje em um lugar chamado de eternidade.

Marco Wense é articulista político.

0 resposta

  1. Este comentarista olhava o senado como Casa do Terror,Casa de ladrões,ou Casa de Lupanar,não ofendendo as putas, pois as mesmas são dignas dos mais profundos respeito e admiração,é um profissão mais valorizada e antiga da humanidade,o que
    pode esperar deste Congresso Nacional a regulamentação desta nobre profissão.

    Hoje é um momento histórico que vive o Brasil,foi enterrado um ciclo deprimente no Congresso Nacional,uma vez que os senadores(as) só visavam roubarem,poder e chantagear, uma panelinha ou corja de saqueadores dos cofres públicos e dominar a tudo e a todos com dinheiro não mão e ameaça na outra,que respingou até o último suspiro,conforme o anunciado retrata.

    Uma nova aurora surgiu no Congresso Nacional,novos senadores(as) que trás novos
    tempos de esperança em dias melhores ao Brasil,o mesmo é os rios,meio ambiente
    fauna e flora,as matas o campo,o céu,o sol,as estrelas,o ar,enfim,os brasileiros
    e brasileiras com novos horizontes de progresso e paz.

    Um Congresso que pense no Brasil,sempre o País,esqueça pensar em se mesmo,bem como pensar em partido político,sempre o Brasil,economizando um centavo para ser
    investido no Brasil,jamais roubar,gastar de forma perdulária,é recurso da Nação.

    É este Congresso que surgiu das cinzas,que seja um exemplo ao Brasil,dando exemplo com os gastos públicos,seus membros marcado pela ética e retidão de moral e caráter,que a honestidade seja o valor moral e anestesiem, o povo brasileiro e a este comentarista.

    Enfim,o Congresso Nacional chegou a este nível de degradação tem nome e sobre nome,o PT e seus aliados,para ser justo, o Brasil em todos os sentidos e o povo brasileiro pois fim,o que deve-se lamentar que infelizmente a Bahia continua com
    a degradação com PT.

    Hoje este comentarista certamente tem outro olhar a respeito do Congresso Nacional,que seja uma Instituição de maior relevância e respeito da Nação,que cada membro seja digno do respeito e admiração de cada um brasileiro e brasileira e deste comentarista também!

  2. Para refrescar a memória do autor da matéria, que sempre defendeu o pt:RENAN CALHEIROS ALIADO DO PT-CÁTIA ABREU ALIADA DO PTE TOFFOLI EX ADVOGADO DO PT E INDICADO PARA O STF POR LULA.ESSES SÃO OS CAUSADORES DA CONFUSÃO.

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