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Marco Wense

 

 

É evidente que o Poder Judiciário não pode ficar imune às críticas, muitas delas com argumentos consistentes e protegidos com provas, assim como os membros do Executivo e Legislativo falham, os da Justiça não são infalíveis, cometem também seus desatinos.

 

O ex-presidente Michel Temer já está em casa. Sem dúvida, um maravilhoso paraíso quando comparado com a cadeia, onde passou quatro longos dias.

Sua prisão preventiva foi revogada por Antônio Ivan Athié, desembargador do Tribunal Regional Federal da Segunda Região, o TRF-2, cuja alegação principal é que “os indícios não servem para justificar a prisão preventiva”.

Vale ressaltar que a maneira como ocorreu a prisão de Temer foi contestada por partidos rotulados de esquerda, como o PT, e lideranças do campo de centro-esquerda, como Ciro Gomes, ex-candidato à presidência da República pelo PDT.

A defesa de Michel Temer, que foi o maior articulador do impeachment de Dilma Rousseff, está cometendo o mesmo erro do PT em relação a Luiz Inácio Lula da Silva. Ou seja, atacando o Judiciário e, como consequência, atiçando o corporativismo da magistratura.

É evidente que o Poder Judiciário não pode ficar imune às críticas, muitas delas com argumentos consistentes e protegidos com provas, assim como os membros do Executivo e Legislativo falham, os da Justiça não são infalíveis, cometem também seus desatinos.

Em nota, o corpo de advogados de Temer diz que os homens da Justiça “usam a toga para agirem como justiceiros e, a pretexto de combaterem a corrupção, violam as mais comezinhas noções de Direito”.

Há hoje um consenso no petismo de que os ataques ao Judiciário, principalmente tendo Gleisi Hoffmann como porta-voz, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, passaram do ponto. Foram irresponsavelmente exagerados e provocativos.

Portanto, o bom conselho que se pode dá ao ex-presidente Temer, é que ele diga a sua defesa para não seguir o caminho do PT.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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