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Josias Gomes

Luto para que os jovens tenham a liberdade de discordar de qualquer sistema político, tenham o direito sagrado de contestar, inclusive, desse texto.

Quanto vale a liberdade de expressão? Sabemos que a liberdade não se negocia, não pode ser precificada. Esse texto tem o compromisso histórico de alertar muitos jovens que apoiam regimes totalitários e golpes militares com toda força que os opressores conseguiram penetrar em suas mentes.

O jovem, por si só, é um libertário e contestador nato, contudo num mundo opressor teriam as suas palavras e ações silenciadas. Durante os regimes democráticos, todo cidadão tem o direito de concordar ou não com um modelo político.

Na Ditadura Militar, não!

Uma ilustração clara é a do jornalista Reinaldo de Azevedo, que falou: “Eu escrevi uma matéria contra o Bolsonaro e fui ameaçado de morte. Eu escrevi quatro livros contra o PT e nunca fui ameaçado de morte”.

Cálice é uma canção de Chico Buarque e Gilberto Gil, feita durante os anos atômicos da Ditadura Militar. Escolhi essa canção emblemática que foi censurada pelos milicos porque tem diversas metáforas que denunciavam um Brasil amputado e podemos fazer analogias com os dias atuais.

Cálice é uma canção poética poderosa que se refere ao silêncio obrigado da população brasileira. De uma maneira magistral, Chico e Gil (com interpretação livre) denunciam a tragédia vivida pelo povo brasileiro, comparando com o calvário que Jesus sofreu até a sua crucificação.

Em um verso da canção eles cantam: “Como beber dessa bebida amarga”. O vinho, que é para celebrar a vida, está cheio de sangue, amargo, adulterado por censura, desaparecimentos, torturas e morte. O cale-se da Ditadura é feito de ópio.

Jovens, não caiam no canto da serpente. Este canto triste pode durar décadas, gerações, e amanhã vocês podem ser senhores e senhoras arrependidos.

Provavelmente, muitos jovens não conheçam a canção Cálice, porque existe um processo de alienação brutal provocado pela mídia, indústria cultural, onde tentam apagar a memória de luta do povo, artistas e intelectuais brasileiros. Cálice é um hino da minha geração que lutou por um mundo livre, plural, sem vinhos envenenados de ódio e paranoia.

Luto para que os jovens tenham a liberdade de discordar de qualquer sistema político, tenham o direito sagrado de contestar, inclusive, desse texto.

“Mesmo calada a boca, resta o peito”.

Josias Gomes é deputado federal licenciado e secretário de Desenvolvimento Rural da Bahia (SDR-BA).

5 respostas

  1. Josias esta no partido que defende o ditador da Venezuela, sim , Maduro cala seus opositores, e Cuba? outro modelo seguido pela ideologia petista nao passa de outra ditadura. Deixa de desonestidade. Voces queriam uma ditadura do proletariado no Brasil.

  2. O texto por se só é uma fraude,PT quer fazer do Brasil uma merda de uma Cuba,apoia a ditadura da Venezuela,as pessoas citadas são aliadas de PT,até o Reinaldo Azevedo era um ferrenho crítico do PT,este comentarista queria saber,quanto custou sua mudança?

    Queria que esta fraude fosse transcrito na Tribuna da Bahia,este comentarista iria ser mais dura no comentário,ali a democracia exercida,a liberdade de expressão é plena,o PT censura os comentários e o jornal.

    O pimenta era a Tribuna hoje,ardia,o que o Pimenta é uma especiarias e muitos comentários não são publicados,este comentarista iria reconstruir e construir a
    grande fraude do anunciado e do estelionato do autor da fraude.

    Texto assim só faz sucesso,onde mesmo? Panfleto de sindicalistas,seria melhor ler um classificado de jornal!

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