“Os loucos abrem os caminhos, que os sábios, depois percorrem”. Pouco mais de uma década atrás, realizar um festival do chocolate no sul da Bahia, essencialmente uma região produtora de cacau e com apenas uma marca relativamente conhecida, o Chocolate Caseiro de Ilhéus, parecia uma loucura.
E, efetivamente, era.
Nascido em Guanambi, publicitário e promotor de eventos com carreira consolidada em Ilhéus, Marco Lessa resolveu abrir o novo caminho, cruzar a fronteira que uniria cacau e chocolate e revolucionaria o modelo de produção. Nascia, em 2008, o Festival do Chocolate e Cacau, com menos de dez estandes e quatro marcas de chocolate.
Caminhar era preciso e Marco Lessa caminhou. O Festival do Chocolate e Cacau se transformou no Festival Internacional do Chocolate e Cacau, o maior evento do gênero no Brasil e na América Latina.
Em 2019, já na sua décima primeira edição e rebatizado como Chocolat Bahia, eram 170 expositores e mais de 70 marcas de chocolate de origem do sul da Bahia, com um total de 60 mil visitantes e R$ 15 milhões em negócios.
Como caminhos são para serem abertos, Marco Lessa criou o Chocolat Amazônia, no Pará, já em sua sexta edição, e, em 2019, o Chocolat São Paulo, abrindo espaço para o chocolate de origem do sul da Bahia e da Amazônia no maior mercado consumidor do país. Na primeira edição paulista, foram 70 expositores e mais de 40 marcas de chocolate, atraindo cerca de 20 mil visitantes, com mais de R$ 5 milhões em negócios, na Bienal, no icônico Parque do Ibirapuera.
Em 2017, o reconhecimento nacional: Marco Lessa foi escolhido como uma das 100 pessoas mais influentes do agronegócio brasileiro pela revista Dinheiro Rural, uma das mais influentes e respeitadas do setor.
Numa entrevista a Daniel Thame, editor do site Cacau & Chocolate, Marco Lessa fala sobre criação dos festivais do chocolate, a mudança de mentalidade e do modelo de produção no Sul da Bahia, o potencial do turismo associado ao chocolate, os desafios da comercialização e consolidação de marcas regionais e de seu passo mais recente e igualmente digno de um empreendedor, a criação de uma base em Portugal, para ampliar a marca Chocolat Festival e abrir novos mercados para o cacau e o chocolate do Brasil na Europa e Ásia. Clique e confira a íntegra da entrevista.