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Marco Wense

O morador mais ilustre do Palácio de Ondina, reconhecendo a importância dos partidos na sua eleição, evitou fazer campanha aberta para os candidatos do PT.

Na sua lista de culpados pela derrota de Juçara Feitosa na sucessão municipal de 2008, além da equipe do marketing político, o deputado Geraldo Simões inclui também Jaques Wagner.

Para o ex-prefeito, o governador “deixou as eleições correrem frouxas”, facilitando assim a vitória do adversário, tanto da oposição como da base aliada.

Para Geraldo Simões, adversário é adversário, não importa se é do DEM, PSDB, PMDB ou de partido aliado ao governo. São tudo farinha do mesmo saco.

Que coisa, hein! Pura ingratidão. As agremiações partidárias que Geraldo Simões considera como adversárias foram imprescindíveis para a vitória de Jaques Wagner.

O morador mais ilustre do Palácio de Ondina, reconhecendo a importância dos partidos na sua eleição, evitou fazer campanha aberta para os candidatos do PT.

Geraldo Simões defende uma participação maior do governador na campanha eleitoral de 2012. Uma posição mais dura com os aliados e de apoio explícito ao petismo.

O engraçado é que a “frouxidão” do governador na sucessão de 2008 permitiu que Juçara Feitosa saísse candidata. Wagner queria Geraldo Simões. Deu no que deu: o candidato do DEM ganhou com 12 mil votos de frente.

Geraldo Simões sonha com uma disputa polarizada entre Juçara Feitosa e o demista José Nilton Azevedo (reeleição). Os partidos da base aliada ficariam de fora.

Em relação ao PCdoB, que pretende lançar candidatura própria, Geraldo defende uma interferência do governador: “Wagner não vai deixar as eleições correrem frouxas dessa vez”.

O PT de Itabuna, pelas circunstâncias políticas, não pode deixar de ter o seu representante na eleição de 2012. O PT é a principal força de oposição ao governo do DEM.

A maneira como Geraldo vem se posicionando no processo, querendo impedir a qualquer custo outra candidatura, só faz dificultar o diálogo com os partidos aliados do governo estadual.

O republicano governador não vai conduzir o processo eleitoral na base do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Não é o seu estilo de fazer política. O tempo do chicote e do mandonismo já passou.

Marco Wense é articulista da Contudo.

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