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Manuela Berbert | manuelaberbert@yahoo.com.br

 

Faz-nos bem perceber, de repente, que o mundo é muito maior que as continhas que a gente paga no final do mês.

 

Quando a gente viaja, seja por qualquer motivo, a sensação é sempre de descoberta. Como se a gente tivesse acabado de chegar no mundo. Abre os olhos e vê tudo novo, completamente novo. A voz das pessoas é diferente, os olhos das pessoas são diferentes, o jeitinho de viver, as casas onde moram, seus trabalhos, a forma de ver o mundo. E de fazer parte dele. Tudo tão diferente que a gente fica meio anestesiado. E isso independe do lugar para onde nos transportamos. Basta estar fora daquela nossa zona de conforto, da nossa cidade, da nossa casa. Tudo muda. E nos faz bem.

Faz-nos bem perceber, de repente, que o mundo é muito maior que as continhas que a gente paga no final do mês, ou muito maior que aquele barzinho que a gente frequenta sempre, mesmo reclamando do atendimento. Nos faz perceber que o mundo é maior que as nossas manias, que o nosso círculo de amizade, que as afirmações pessoais que temos todos os dias. O que seria de nós se não percebêssemos que o mundo é tão maior, né?! Morreríamos frustrados. Acho que essa é a palavra: frustração!

Porque a rotina nos deixa meio frustrados quanto à vida. A gente faz as mesmas coisas sempre, se decepciona com as mesmas pessoas sempre, se apega às mesmas coisas – e pessoas – sempre, e vai se frustrando diariamente, se chateando, ficando meio de saco cheio até das conquistas que também temos. Mas aí é que entram aquelas viagens. Revigoram, dão um up no ânimo, uma injeção de esperança. Mesmo que você vá para aquele interiorzinho visitar a sua avó, você respira um ar diferente e pensa ‘nossa, a vida acontece aqui fora também…’

Por isso, não deixe de viajar. Ou de sumir de vez em quando. De fugir da sua vida, dos seus afazeres, das suas obrigações. Não deixe de viajar simplesmente por ter a certeza de que, quando retornar, trará consigo uma pessoa diferente daquela que levou. E são essas sensações que nos fazem acordar todos os dias com a certeza de que viver vale muito à pena!!!

 

Manuela Berbert é jornalista e colunista da Contudo.

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