Produção industrial cresce pelo terceiro mês consecutivo
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A produção industrial brasileira cresceu pelo terceiro mês consecutivo, com alta de 8% em julho, em relação ao mês anterior. Já tinha sido registrado expansão em maio (8,7%) e junho (9,7%). Pela primeira vez na série histórica iniciada em 2002, 25 dos 26 setores apresentaram taxa positiva.

O resultado, porém, não elimina a perda de 27% acumulada nos meses de março e abril, quando refletiu os efeitos do isolamento social por conta da pandemia da Covid-19. É o que mostra a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quinta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com julho de 2019, a produção industrial teve redução de 3%, nono resultado negativo seguido. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa ficou em – 5,7%, o recuo mais elevado desde dezembro de 2016 (-6,4%). A indústria brasileira apresenta queda de 9,6% nos sete primeiros meses de 2020.

De acordo com o gerente da pesquisa, André Macedo, esse índice e o patamar abaixo do ano passado mostram que ainda há espaço para recuperação. “Observa-se uma volta à produção desde maio, e é um crescimento importante, mas que ainda não recupera as perdas do período mais forte de isolamento”, assinala.

AVANÇO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL

Quase todos os ramos pesquisados, 25 dos 26, apresentaram alta no mês. Para Macedo, essa disseminação de taxas positivas mostra um avanço da produção industrial após medidas que flexibilizaram o isolamento social. “Alguns setores sentiram menos, como alimentos e produtos de limpeza, mas no geral, houve uma perda muito grande no isolamento”, explica. É o maior espalhamento da série histórica, ou seja, pela primeira vez, 25 setores apresentaram taxa positiva desde 2002.

A principal influência no resultado para o mês segue sendo do setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, que cresceu 43,9%. “A indústria automotiva puxa diversos setores em conjunto, sendo o ponto principal de outras cadeias produtivas”, pontua Macedo.O setor acumula expansão de 761,3% nos últimos três meses, mas ainda assim se encontra 32,9% abaixo do patamar de fevereiro último.

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