Rogério Andrade é um dos acusados e já está preso
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O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou por homicídio o ex-prefeito de Itagimirim, no extremo-sul da Bahia, Rogério Andrade de Oliveira, o irmão dele, Sandro Andrade de Oliveira, e Jaimilton Neves Lopes. Eles são acusados do assassinato do então prefeito Rielson Santos Lima.

Rogério, à época do crime, era vice-prefeito de Rielson, tendo assumido o cargo com a sua morte, exercendo mais de dois anos de mandato. Rogério e Jaimílton já estão presos preventivamente e Sandro está foragido. “As investigações da polícia continuam, pois há indícios de participação de pessoas ainda não identificadas no crime”, afirma o promotor de justiça Helber Luiz Batista.

O MP-BA relata que no dia 29 de julho de 2014, por volta das 18h40min, num bar no centro de Itagimirim, Jaimílton Neves, a mando de Rogério Andrade de Oliveira e Sandro Andrade de Oliveira, chegou de moto no estabelecimento comercial e efetuou disparos de arma de fogo que resultaram na morte do então prefeito Rielson Santos Lima, que chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

DIVERSOS EMPRÉSTIMOS

As investigações revelaram que a vítima e o denunciado Rogério, quando formaram uma chapa para concorrerem aos cargos de prefeito e vice-prefeito de Itagimirim, nas eleições de 2012, contraíram diversos empréstimos. Os valores teriam sido emprestados por amigos íntimos de Rogério, que ficou responsável pela dívida, tendo Rielson como seu avalista. Veja mais detalhes em leia mais.

As investigações apontam ainda que, em 2014, a elevação da dívida, aliada ao fato do então prefeito “se recusar a desviar recursos públicos para quitá-la”, gerou desentendimentos entre ele e seu vice. Outro desacordo entre ambos, referente à aprovação do orçamento municipal pela Câmara de Vereadores levou Rogério, então vice, a romper com o prefeito publicamente, sendo assim todos os seus indicados exonerados de cargos públicos na prefeitura.

De acordo com o promotor de Justiça Helber Luiz Batista, as dívidas e o rompimento político foram os motivos do crime. “De posse do cargo de prefeito, Rogério teria acesso aos cofres públicos para quitar a dívida e viria a nomear seu irmão para o cargo de secretário municipal”, diz o promotor na denúncia.

Para executar seu plano, Rogério simulou uma reconciliação política com o então prefeito e, juntamente com seu irmão, contataram Jaimilton para executar o crime, afirma o Ministério Público da Bahia.

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