Vendas no varejo param de cair depois de três meses
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Após dois meses seguidos com variações negativas somando queda de 6,3%, o volume de vendas do comércio varejista nacional voltou a crescer, em fevereiro frente a janeiro, registrando alta de 0,6%. O varejo se encontra agora no mesmo patamar de setembro de 2020 e 0,4% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020). As informações são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta terça-feira (13), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre maio e outubro de 2020, o comércio havia mostrado forte crescimento, porém, o cenário se reverteu em dezembro. “O rendimento médio das famílias de baixa renda chegou a aumentar 130% com o auxílio emergencial e, por isso, o período de maio e outubro foi muito bom para o comércio varejista, que chegou a atingir patamar 6,5% acima do período pré-pandemia”, avalia o gerente da PMC, Cristiano Santos.

Ele destaca que em dezembro, no entanto, o valor do auxílio diminuiu e, em janeiro, deixou de existir, e isso reduziu o consumo. “Temos ainda impactando o varejo negativamente a inflação e outros fatores relacionados à pandemia, como as restrições locais ao desenvolvimento de algumas atividades”.

Quatro das oito atividades pesquisadas tiveram alta, sendo que a de livros, jornais, revistas e papelaria (15,4%) foi a que registrou o maior crescimento frente a janeiro. No entanto, essa atividade teve queda de 41% se comparado ao volume de vendas de fevereiro de 2020.

As demais altas na passagem de janeiro para fevereiro de 2021 foram nas atividades de móveis e eletrodomésticos (9,3%), tecidos, vestuário e calçados (7,8%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%).Sendo que os dois últimos também tiveram forte queda frente a fevereiro do ano anterior (-18,6 e -4,6%, respectivamente). Já os móveis e eletrodomésticos tiveram alta de 0,7% nessa comparação.

Dezenove das 27 unidades da federação tiveram taxas positivas em fevereiro frente a janeiro. Amazonas (14,2%), Rondônia (11,5%) e Piauí (8,3%) se destacaram positivamente. Por outro lado, Acre (-12,9%), Tocantins (-4,4%) e Distrito Federal (-2,1%) tiveram as maiores quedas.

Na comparação de fevereiro de 2021 frente a fevereiro de 2020, o varejo assinalou queda de 3,8% no índice geral. Assim, no acumulado do primeiro bimestre de 2021, contra igual período do ano anterior, o varejo apresentou decréscimo de 2,1%.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Já no comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças (8,8%) e de material de construção (2,0%), o volume de vendas teve crescimento de 4,1% na passagem de janeiro para fevereiro, após ter registrado dois meses de queda.

“Material de construção é uma atividade que tem crescido muito, tanto porque as pessoas, estando mais tempo dentro de casa, acabam vendo necessidade de fazer melhorias em suas residências, quanto pelo fato de que grandes obras também vendo sendo retomadas pelas construtoras”, ressalta Cristiano Santos.

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