Valorização das commodities, a exemplo do minério de ferro, alavanca balança comercial brasileira
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Beneficiada pela alta das commodities (bens primários com cotação internacional, a exemplo de grãos e minérios), a balança comercial registrou o melhor saldo da história para o primeiro semestre, desde o início da série histórica, em 1989. De janeiro a junho, o país exportou US$ 37,496 bilhões a mais do que importou.

O saldo é 68,2% maior que nos seus primeiros meses de 2020, quando as exportações tinham superado as importações em US$ 22,295 bilhões. Até agora, o melhor primeiro semestre da história havia sido registrado em 2017, quando a balança comercial tinha registrado superávit de US$ 31,922 bilhões.

No mês passado, as exportações superaram as importações em US$ 10,372 bilhões, resultado 59,5% maior que o de junho de 2020.

Além da alta no preço das commodities, as exportações também subiram por causa da base de comparação. No ano passado, no início da pandemia de Covid-19, as exportações tinham caído por causa das medidas de restrição social.

As altas seguidas do dólar frente ao real também contribuíram para o resultado histórico da balança brasileira.

SETOR PRIMÁRIO EM ALTA

Também no último mês, todo o setor primário da economia brasileira registrou crescimento nas vendas para o exterior. Com o auge da safra de grãos, as exportações agropecuárias subiram 24,9% em relação a junho do ano passado. Os principais destaques foram café não torrado (+45,0%), soja (+23,6%) e algodão em estado bruto (+111,4%).

Beneficiada pela valorização de minérios, as exportações da indústria extrativa aumentaram 175,8%, com destaque para minério de ferro (+172,1%), minério de cobre (+82,6%) e óleos brutos de petróleo (+208,9%), impulsionadas pela valorização do petróleo no mercado externo. As vendas da indústria de transformação subiram 38,1%, puxadas por combustíveis (+66%), aço (+110%) e aeronaves, incluindo componentes (+144%).

Do lado das importações, as compras do exterior da agropecuária subiram 61,1% em junho na comparação com junho do ano passado. A indústria extrativa registrou alta de 25,5% e a indústria de transformação teve crescimento de 66,3%. Os principais destaque foram soja (+181,9%), gás natural (+434,7%), combustíveis (+216,5%) e veículos automotivos (+366,3%).

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